Instituições irão oferecer crédito a juros baixos aos pequenos empreendedores, além de conscientizar a população para o consumo de produtos feitos pela própria comunidade para que o município se desenvolva
Brasília, 04/06/2008 - Entre os dias 28 e 31 de maio, a Caravana Bancos Comunitários do Ceará percorreu dez municípios do estado de baixo IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano - Municipal) com a finalidade de inaugurar um banco comunitário nestas regiões. As pequenas instituições financeiras foram abertas nas cidades de Palhano, Tamboril, Monsenhor Tabosa, Madalena, Ibaretama, Ocara, Choró, Caridade, Irauçuba e Itarema.
O coordenador-geral de Comércio Justo e Crédito da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), Haroldo Mendonça, acompanhou de perto as inaugurações. "A criação de bancos comunitários proporciona a ampliação de acesso ao crédito e de geração de trabalho e renda para a população de baixa renda. O ministério do Trabalho quer fazer cada vez mais parte destas iniciativas".
O primeiro município a ser visitado pela caravana foi o de Palhano. Várias autoridades presentes na sede do novo banco comunitário ressaltaram a importância de se ter um projeto como este, pois oferece crédito a juros baixos aos pequenos empreendedores, além de conscientizar a população para o consumo de produtos feitos pela própria comunidade para que o município se desenvolva.
A presidente da Associação dos Artesãos de Palhano, Franscisca Coelho, ressaltou que a instalação do banco comunitário em seu município será fundamental para o crescimento da cidade. "O Banco Comunitário Artepalha vai nos ajudar a melhorar as condições de trabalho não só de nós artesão, mas de toda a comunidade por causa do acesso ao crédito que antes não tínhamos", afirmou.
Outros nove bancos foram inaugurados em todo o Ceará. Sempre que a caravana chegava a um município, era recepcionada com festa e muitas atividades culturais. As cidades beneficiadas pelo projeto foram: Palhano (banco Artepalha, moeda Castanha); Tamboril (banco Feiticeiro, moeda Acaraú); Monsenhor Tabosa (banco Serra das Matas, moeda Serra); Madalena (banco Bansol, moeda Sol); Ibaretama (banco Serra Azul, moeda Ibaré); Ocara (banco Ocardes, moeda Tupi), Choro (banco Sertanejo, moeda Sabiá), Caridade (banco Padre Quiliano, moeda Caribelos); Irauçuba (banco Juazeiro Amizade, moeda Cactos) e Itarema (banco Tremembé, moeda Ita).
Para saber mais - O projeto Bancos Comunitários no Ceará foi realizado em parceria com o Instituto Palmas, a Secretaria Nacional de Economia Solidária, o Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social e o Banco Popular do Brasil. Este projeto teve início em janeiro de 2008 e conta com recursos do Fundo Estadual de Combate a Pobreza (FECOP).
A criação de bancos comunitários tem como objetivos a garantia de serviços financeiros à população do Ceará, numa perspectiva de geração de trabalho e renda de acordo com os princípios da economia solidária; a ampliação das parcerias para apoiar os trabalhadores beneficiados pelos bancos comunitários no que diz respeito à capacitação profissional; melhoria tecnológica da produção e estratégias de comercialização de produtos.
Os bancos comunitários são criados pela própria comunidade e esta se torna gestora e proprietária do mesmo. Além disso, estes bancos atuam com duas linhas de crédito: uma em reais e outra em moeda social circulante. Estas linhas de crédito estimulam a criação de uma rede local de produção e consumo, promovendo o desenvolvimento endógeno do território.
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