Concessões para trabalho a bordo de embarcações estrangeiras registraram aumento de 22%
Brasília, 10/02/2010 - O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) concedeu, em 2009, 42.914 autorizações de trabalho a estrangeiros. Deste total, 2.454 são permanentes. No período de 2005 a 2009, foram 165.993 concessões, conforme balanço da Coordenação de Imigração do MTE.
"A vinda de profissionais estrangeiros está relacionada com a implementação de investimentos, já que são pessoas que detém conhecimentos específicos em uma tecnologia, um processo industrial ou equipamento. Portanto, o aumento do número de autorizações reflete o crescimento acelerado do nosso país", destaca o coordenador-geral de Imigração do MTE, Paulo Sérgio de Almeida.
O conhecimento que esses profisionais trazem na bagagem acaba sendo absorvido por trabalhadores brasileiros. Além disso, a vinda desses trabalhadores significa, muitas vezes, a geração de mais empregos, como no caso da implantação de novas empresas ou novos investimentos.
O balanço mostra que o estado que mais recebeu estrangeiro no ano passado foi o Rio de Janeiro: 18.956 autorizações, refletindo o peso que a indústria do petróleo tem na região; seguido por São Paulo, com 18.285. Com bem poucas autorizações - se comparados com os dois primeiros estados da lista - estão Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul, totalizando 2.855 pedidos.
Confira os números por Unidade de Federação
Por pais, os Estados Unidos foram os que mais tiveram autorizações concedidas, 5.590; Filipinas, 4.969; Reino Unido, 3.496; Índia, 2.630 e França, 1.908. O grande número de filipinos e indonésios indica que a maioria dos estrangeiros que vem atuar no Brasil como tripulantes de embarcações estrangeiras (relacionadas ao segmento de petróleo ou navios de turismo) são dessas nacionalidades. Já os países que menos enviaram trabalhadores foram a Bulgária (87 autorizações) e o Equador (60 autorizações).
Trabalho a bordo - Segundo Almeida, o impacto da crise financeira na movimentação de profissionais estrangeiros foi inferior à média mundial, sendo que algumas atividades econômicas mantiveram e até mesmo aumentaram o aporte de investimentos durante a crise, como, por exemplo, a indústria de exploração e produção de petróleo e gás no mar brasileiro.
No ano passado, foram 13.371 autorizações temporárias a estrangeiro para trabalho a bordo de embarcação ou plataforma estrangeira, contra 10.974 do ano anterior, o que representa a expansão dos investimentos na área de exploração de petróleo e gás no mar. "Estes estrangeiros são tripulantes de embarcações estrangeiras que vêm ao Brasil para prestar serviços na área do petróleo, como perfuração e manutenção de poços e lançamento de cabos e dutos", explicou.
Por escolaridade, a maioria dos estrangeiros que entrou no país em 2009 tem nível superior completo, o que demonstra profissionais qualificados. Mais da metade das autorizações foram para esta escolaridade; e mais de 16 mil para o segundo grau completo ou técnico profissional. Em relação ao grau de instrução analfabeto, apenas foi concedida uma autorição em todo o período.
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