Evento mundial de Economia Solidária acontece de 26 a 31 de maio no Rio de Janeiro com a participação de entidades e representações de vários países
Brasília, 20/05/2103 - A Economia Solidária vai transformar o Rio de Janeiro na capital mundial do comércio justo, reunindo no Brasil, entre os dias 27 a 31 de maio, entidades de várias partes do mundo que vão trocar experiências e realizar negócios durante a realização da 1ª Semana Mundial de Comércio Justo e Solidário. Na Abertura do evento, o prefeito, Eduardo Paes, assina decreto que institui o Rio de Janeiro como Capital Mundial do Comércio Justo e Solidário.
O evento, inédito no país, é uma iniciativa da Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, da Plataforma Brasileira de Comércio Justo (Faces do Brasil) e da World Fair Trade Organization (WFTO), entidade mundial presente em 75 países e com mais de 450 organizações espalhadas pelo mundo com a finalidade de divulgar o comércio justo, com apoio da prefeitura do Rio de Janeiro.
“O comércio com característica solidária vem ganhando espaço em todo o mundo e o objetivo da 1º Semana Mundial é a troca de experiências e o estabelecimento de agendas comuns no âmbito das políticas públicas e das redes do movimento social em nível nacional, regional e global. O Rio de Janeiro foi eleito como sede deste encontro para reforçar a prática do comércio justo na América Latina e no Brasil”, esclarece o coordenador do Comércio Justo da Secretaria Nacional de Economia Solidária, Antônio Haroldo Mendonça
A realização da 1º Semana Mundial do Comércio Justo e Solidário, segundo o coordenador, vai possibilitar a interação, troca de tecnologias e conhecimentos com a intenção de provocar mudanças na forma de comercializar e negociar, possibilitando a abertura de novos mercados, inclusive entre países da América Latina e do Hemisfério Sul, como Índia, África do Sul, Nova Zelândia, entre outros.
O Brasil foi escolhido pelos organizadores da WFTO para sediar o evento, por ser o único país no mundo com política pública no gênero (Decreto No. 7358 de 27/11/2010). A Semana Mundial de Comércio Justo e Solidário tem como objetivo promover os princípios do movimento que envolve 2,5 milhões de pequenos produtores e trabalhadores de aproximadamente três mil organizações globais.
No evento serão consolidados conceitos de como criar oportunidades para pequenos produtores economicamente desfavorecidos, promover transparência nas relações comerciais, ter prática comercial justa e equitativa, não permitir o trabalho infantil ou forçado, garantir boas condições de trabalho e igualdade de gênero, capacitação, promoção do comércio justo e o respeito ao meio ambiente. Todos visam reduzir a pobreza ao promover os pequenos produtores.
Conferência Mundial – Paralelo à 1ª Semana Mundial, a WFTO realiza no Brasil a 13ª Conferência da Organização Mundial de Comércio Justo e 2ª Conferência Internacional do Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário, além de realizar sua 12ª assembleia geral, quando serão discutidos temas como certificação, iniciativas público-privadas de acesso a mercados justos e solidários, experiências do comércio justo pelo mundo e consumo responsável.
Salão Mundial – Um ponto alto da Semana será a realização em Copacabana (Avenida Princesa Isabel), nos dias 30 e 31 de maio, do Salão Mundial , uma mostra de cerca de 200 produtores de 30 países e de todas as regiões do Brasil que vão comercializar no calçadão produtos da Economia Solidária com o princípio do comércio justo e solidário. Além do Salão Mundial, vários outros eventos estão previstos para ocorrer durante a 1ª Semana, como a Semana Maniva de Gastronomia, quando eco-chefs cariocas vão oferecer em seus restaurantes pratos especiais criados a partir de ingredientes do comércio justo, o Desfile Internacional de Moda Justa e Solidária (Fair Trade Fashion Show) e várias rodadas de negócios entre empreendedores nacionais e internacionais
O Brasil, segundo informa o coordenador da Senaes, é pioneiro em políticas públicas neste setor e vai receber no Rio de Janeiro um número enorme de representantes do comércio justo de todo o mundo que vão poder conhecer a experiência brasileira de economia solidária. “Durante o evento será a hora de dialogar com outras redes deste movimento, fazer intercâmbios e negócios com outros países”, comenta.
Para Rudi Dalvai, presidente do WFTO, a ideia de comércio justo foi criada de baixo para cima, a partir de experiências já existentes o que torna uma ferramenta sólida. Ele acredita que no Brasil como um país que pode mostrar para o resto do mundo o que é economia solidária. “Não existe nenhum outro país que tenha esse assunto desenvolvido como no Brasil, onde pequenos agricultores, grupos de mulheres, entre outros, têm apoio do governo”, afirma.
A Semana Mundial de Comércio Justo é amparada pelo SEBRAE e Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e apoio do Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES), do Instituto Marista de Solidariedade, do Instituto Morro da Cutia de Agroecologia (IMCA), da Parceria Social e do Instituto Maniva.
Veja a programação completa no site da 1ª Semana Mundial http://comerciojusto.mte.gov.br/senaes/home.htm.
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