Encontro pretende incentivar o processo preparatório para realização de seminários estaduais e regionais que discutirão a comercialização solidária
Santa Maria, 11/07/08 - O conceito de comércio justo e solidário ganha cada vez mais espaço no mundo contemporâneo. A prova disso é que o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES) realiza até hoje (11), em Santa Maria (RS), o Seminário Nacional sobre Comercialização Solidária.
O encontro que teve início na última quarta-feira (9), tem como objetivo incentivar o processo preparatório para realização de 27 seminários estaduais e seis regionais, os quais discutirão a comercialização solidária em todas as suas formas. Além disso, o seminário visa expandir o número de atores sociais dentro dos estados, aumentando a rede de interlocutores.
"Este seminário é importante, pois pretende dar visibilidade a um dos principais gargalos que hoje assolam a economia solidária: a comercialização. Os dados do Sistema de Informações em Economia Solidária revelam algumas dificuldades na hora de comercializar, como a falta de capital de giro, de assessoria técnica e de acesso a crédito; mazelas que serão abordadas pelos grupos de trabalho que integram este seminário", lembrou Haroldo Mendonça, Coordenador-Geral de Comércio Justo e Crédito da Secrearia Nacional de Economia Solidária (Senaes), do MTE.
Durante o encontro, o MTE anunciou a idealização de um selo que garanta ao consumidor a procedência do produto por meio de mecanismos que comprovem a fabricação solidária. Vale ressaltar que o selo será uma parceria entre Governo e sociedade civil. Enquanto o órgão público atuará como credenciador de entidades, os organismos selecionados atuarão na certificação dos empreendimentos econômicos solidários. Destaca-se que a avaliação deve obedecer às normas estabelecidas pelo Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário (SNCJS).
Entidades articuladoras: Ao todo, o evento contou com mais de 70 representantes de entidades, tais como a Secretaria de Desenvolvimento Territorial, do MDA; Secretaria Nacional de Economia Solidária, do MTE; FBES; Fórum de Articulação para o Comércio Ético e Solidário do Brasil (Faces); Rede de Empreendimentos do Comércio Justo e Solidário (Rede Ecojus); União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes); União e Solidariedade das Cooperativas de Empreendimentos de Economia Social do Brasil (Unisol).
Além da presença de organismos internacionais como a Rede Intercontinental de Promoção da Economia Social e Solidária (Ripess) da América do Norte; Rede Nicaragüense de Comércio Comunitário (Renicc); Iniciativas de Economia Alternativa e Solidária (Ideas-Reas), da Espanha; e o Movimento Economia Solidária da França.
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