Remuneração delas ainda é menor em todos os níveis de escolaridade, e chega a equivaler a 57,1% do salário médio dos homens com curso superior completo
Foto: Renato Alves
Para Lupi, diferença de remuneração entre homens e mulheres é 'absurda'
Brasília, 22/11/2007 - O ingresso das mulheres no mercado de trabalho formal em 2006 teve um aumento de 6,59%, superando o crescimento das vagas ocupadas por homens (5,21%) no ano - período em que o país registrou um crescimento recorde de 1,9 milhão de empregos.
Embora um milhão de postos deste total tenha sido ocupado por homens, os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) - 2006, divulgados nesta quinta-feira (22) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, mostram que a participação feminina vem crescendo num ritmo mais acelerado.
A predominância das mulheres na ocupação das vagas é registrada especialmente na faixa de trabalhadores com nível superior incompleto (75,9 mil para as mulheres e 70,5 mil para os homens) e chega ao seu ponto mais alto entre os empregados com nível superior completo: 164,9 mil vagas foram ocupadas por mulheres em 2006 - mais do que o dobro das 73,4 mil preenchidas por homens no período.
"Esses dados mostram que a mulher está entrando no mercado mais preparada e está conquistando sua liberdade com maior informação e escolaridade", destacou o ministro.
Rendimento - As mulheres também tiveram um aumento real da remuneração superior ao dos homens: enquanto os salários médios delas tiveram um ganho de 6,74%, o deles aumentou em 5,46%.
A diferença no rendimento médio entre os dois sexos vem caindo: em 2004, o salário médio das mulheres equivalia a 81,2% do que percebiam os homens. No ano seguinte, subiu para 82,1%. Em 2006, alcançou 83,2%.
Segundo as informações da RAIS, a diferença tende a aumentar de acordo com a escolaridade. Uma mulher com nível superior completo recebe, em média, 57,19% do que um homem nas mesmas condições. Entre analfabetos, o salário médio delas equivale a 82,59% da remuneração masculina.
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