Dias participa de homenagem a João Goulart
Benefícios trabalhistas viabilizados por "Jango" foram destacados por parlamentares e militantes
Ministro participou de homenagem a João Goulart promovida pelo Congresso Nacional
Brasília, 04/05/2015 - O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, participou nesta segunda-feira (04), em Brasília, da homenagem promovida pelo Congresso Nacional, por iniciativa do senador Acir Gurgacz (PDT/RO), ao ex-presidente João Goulart no plenário do Senado Federal.
"Jango" - apelido conquistado ainda jovem - marcou sua trajetória ao priorizar as camadas mais populares, com incansável dedicação pelo desenvolvimento dos direitos trabalhistas e das garantias sociais.
Ao discursar na sessão solene, Dias valorizou a história de Goulart, “que preferiu aceitar o exílio a estimular um guerra civil após o Golpe de 64, fato gerador da sua saída do poder e facilitador para a instalação da ditadura militar", avaliou o ministro acentuando que muitos não entenderam a razão de Goulart aceitar o acordo que previa o parlamentarismo. "Ele sabia do cenário mundial conturbado e as consequências que surgiram através da ameaça externa. Por isso, preferiu renunciar ao seu direito conquistado legitimamente na eleição para preservar o seu país e, com isso, evitar uma guerra entre brasileiros", explicou.
Dias ressaltou que Goulart "sempre foi um homem que se dedicou à luta por um país mais justo, com oportunidades e benefícios para todos. Um Brasil igual, democrático e socialista. Esse foi o sonho deste líder. Mesmo com o Golpe, mostrou sua força e, hoje, é ainda mais reconhecido por isso", completou Dias.
Perfil - Com uma defesa intransigente da democracia, João Goulart marcou a história nacional juntamente com o "Movimento da Legalidade", mobilizado no Rio Grande do Sul para garantir a "legalidade" do processo eleitoral da época e, assim, viabilizar a posse do então vice de Jânio Quadros. Através de uma ampla mobilização de setores sociais, a manifestação no "Rio Grande" contou ainda com a transmissão contínua da Rádio Legalidade e a sessão permanente da Assembleia Legislativa gaúcha.
Seu primeiro cargo público foi conquistado em 1947, onde se tornou deputado estadual no Rio Grande do Sul. Em 1950, alcança mais uma vitória: deputado federal eleito com quase 40 mil votos. Logo depois, ele foi Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio no segundo governo de Vargas, cargo que assumiu em junho de 1953. Como gestor do Trabalho, Goulart foi responsável por viabilizar benefícios históricos, como o 13º salário e o aumento, na época, do salário mínimo em 100%. O ex-presidente acreditava também nas chamadas reformas de base, com ações que reduzissem as desigualdades. Estas medidas incluíam ações em setores como da agricultura, da administração e da educação. Principal nome trabalhista no Brasil após o suicídio de Getúlio Vargas, se exilou no Uruguai após ser deposto. Em 1976, faleceu durante sua estadia na Argentina.
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