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Novo recorde: foram gerados quase 850 mil postos de trabalho nos quatro primeiros meses do ano  Notícia em formato Áudio.

Somente em abril, foram geradas 294.522 novas vagas celetistas, representando uma elevação de 1% em relação ao estoque de março. Serviço foi o destaque entre os setores da economia

Foto: Renato Alves

Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, durante anúncio do Caged

Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, durante

anúncio do Caged

 

Brasília, 19/05/2008 - Nos quatro primeiros meses de 2008, foram gerados 848.962 postos de trabalho com carteira assinada, equivalente ao crescimento de 2,93% no ano - desempenho recorde de toda a série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. Nos últimos 12 meses, verificou-se expansão de 6,29% no emprego formal (o mesmo que 1.764.735 novos postos), resultado que indica um maior dinamismo em relação aos dados registrados no mesmo período do ano anterior (+5,04% ou +1.360.799 empregos formais).          

Somente em abril, foram gerados 294.522 postos celetistas, representando uma elevação de 1% em relação ao estoque de março. Esse resultado mensal foi o segundo maior já registrado na série histórica do Caged, muito próximo do recorde ocorrido em abril de 2007 (+301.991 postos ou +1,09%). Tal comportamento pode ser creditado à presença de fatores sazonais relacionados à cadeia produtiva da agroindústria, potencializado pelo dinamismo do setor de Serviços e da Construção Civil.

"Esse resultado só reforça a minha expectativa de que o ano de 2008 vai quebrar todos os recordes. Acredito em 1,8 milhão de novos postos e crescimento de 6%. A cadeia produtiva é muito forte e a força está na demanda interna", destacou o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, durante a coletiva de anúncio dos dados do Caged.

Setores da economia - Todos os setores e subsetores expandiram o número de assalariados com carteira assinada em abril de 2008.  Em termos absolutos, o setor de Serviços foi o que mais contribuiu para o comportamento positivo do emprego no mês, apresentando saldo recorde para o período com 97.426 novas ocupações formais (+0,84%). Os ramos que mais contribuíram para o desempenho favorável no mês de abril foram os Serviços de Comércio e de Administração de Imóveis (+35.073 postos ou 1,18%), os Serviços de Alojamento Alimentação Reparação e Manutenção (+23.992 postos ou +0,57%) e os Serviços de Transportes e de Comunicação (+18.522 postos ou +1,18%). Houve também um forte crescimento no subsetor de Serviços Médicos e Odontológicos, com 9.649 novos postos (+ 0,80%). "O combate à dengue foi responsável pelo aumento recorde de contratação nesta área. Principalmente por conta das contratações de médicos no Rio de Janeiro e São Paulo", disse o ministro.

Destaque deve ser dado também à Indústria de Transformação, que foi responsável pelo acréscimo de 82.740 empregos (+1,16%), o segundo melhor resultado para o mês da série do Caged, sendo superado apenas pelo aumento ocorrido em abril do ano anterior (+103.763 postos de trabalho ou+1,54%). O subsetor que mais colaborou para este resultado foi a Indústria de Produtos Alimentícios e Bebidas, que respondeu pela geração de 46.354 empregos formais (+2,74%). Em menor medida destacaram-se, também, a Indústria Metalúrgica (+5.245 postos ou +0,72%), a Indústria de Material de Transportes (+ 5.368 postos ou + 1,08%), a Indústria Têxtil e do Vestuário ( +4.860 postos ou + 0,52%), e a Indústria de Calçados ( +4.152 postos ou +1,31%).

A geração de postos de trabalho celetistas no setor Agrícola também foi expressiva (+38.627 postos ou +2,50%), estimulada pela presença de fatores sazonais relacionados às atividades do Cultivo da Cana-de-açúcar, no Centro-Sul do país, porém foi inferior à ocorrida em abril de 2007 (+41.227 postos ou 2,70%). Em termos relativos, foi o setor que apresentou a maior taxa de crescimento no mês em questão.

O desempenho do Comércio e da Construção Civil também mereceu destaque. O Comércio respondeu pelo saldo positivo de 34.733 empregos (+0,54%), o segundo melhor resultado do mês da série do Caged, menor apenas que o aumento observado em abril de 2007 (+36.899 postos ou +0,61%). A Construção Civil, por sua vez, gerou 32.071 postos de trabalho (+1,97%), saldo recorde para o período.

Deve-se ressaltar, ainda, o comportamento dos setores da Administração Pública e da Extrativa Mineral, que registraram desempenho recorde para o mês em termos absolutos e relativos, ao gerarem 5.251 e 2.068 postos de trabalho, respectivamente, equivalente ao crescimento de 0,94% no caso da Administração Pública e de 1,25% no que se refere ao setor Extrativismo.

Regiões - As cinco regiões do Brasil apresentaram alta na geração de empregos no mês de abril e o Sudeste foi a que apresentou o maior saldo: 209.560 postos (+1,27%). O Sul ficou em segundo lugar com 47.512 postos com carteira assinada (+0,86%), seguido pelo Centro-Oeste (+25.770 postos ou +1,23%) - que registrou recorde para o mês de abril -; pelo Norte (+7.397 postos ou +0,61%) e pelo Nordeste (+4.283 postos ou +0,10%).

Estados - Entre as Unidades da Federação merecem destaque o estado de São Paulo: abril de 2008 o foi melhor desempenho absoluto e relativo do período, com 144.939 empregos com carteira assinada, uma alta de 1,47%. Minas Gerais gerou 35.594 postos (1,12%); Paraná, 26.347 (1,32%); e Rio de Janeiro, 20.824 (0,73%). Por motivos relacionados à presença de fatores sazonais negativos vinculados às atividades da cana-de-açúcar, os estados de Alagoas (-10.416 postos ou -4,48%) e de Pernambuco (-4.029 postos ou -0,49%)  foram os únicos que não expandiram o estoque de emprego no mês de abril. Cabe ressaltar, ainda, que dentre as 27 Unidades da Federação, sete delas registraram o maior saldo da série histórica do CAGED e cinco obtiveram o segundo melhor desempenho.

Interior x região metropolitana - Em abril de 2008, o nível de emprego do conjunto das nove regiões metropolitanas cresceu 0,73%, resultante da criação de 89.724 postos de trabalho, enquanto o interior dos estados desses aglomerados urbanos gerou 151.837 vagas formais (+1,48%). Em geral, neste período, os municípios não-metropolitanos têm seu desempenho influenciado pelas atividades associadas à cadeia sucroalcooleira, cujo dinamismo é focado na região Centro-Sul do país. Dessa forma, o interior dos estados beneficiados pela sazonalidade positiva dessas atividades foram os que mais se destacaram: São Paulo (+101.472 postos ou +2,17%) Minas Gerais (+24.153 postos ou +1,22%) e Paraná (+19.034 postos ou +1,58%). No caso das áreas metropolitanas, as que mais se sobressaíram foram São Paulo (+43.467 postos ou +0,83%), Rio de Janeiro (+15.932 postos ou +0,74%) e Belo Horizonte (+11.441 postos ou + 0,95%).

 

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