De acordo com a Rais 2007, 2.509 fotógrafos atuam no mercado formal brasileiro, com salário médio de R$ 1.210,95
Foto: Reprodução site
Dia do Fotógrafo
Evandro Teixeiro do lado de lá da objetiva. Ele com
Pelé, na Copa do Mundo do Chile, em 1962 (foto de
Brasília, 08/01/2009 - Eles contam histórias sem escrever, transformam mulheres em musas, gravam detalhes da natureza vistos por poucos homens e registram momentos felizes em família. Seja em jornais ou revistas, em estúdios, em festas ou no meio de uma floresta, mais de 2,5 mil fotógrafos profissionais param o tempo em imagens Brasil afora.
Segundo a Relação Anual de Informação Social (Rais - 2007) do Ministério do Trabalho, 2.509 fotógrafos atuam no mercado formal brasileiro, com salário médio de R$ 1.210,95. Por gênero, a Rais mostra que os 1.687 homens ganham em média R$ 1.353, e 822 mulheres têm média salarial de R$ 918,89. São Paulo lidera o ranking de profissionais contratados, com 510 registros, enquanto o Distrito Federal tem a melhor média salarial: R$ 2.607,90.
Com 50 anos de carreira, o repórter fotográfico Evandro Teixeira, do Jornal do Brasil, tem seu nome e currículo gravados na Enciclopédia Internacional de Fotógrafos, onde estão reunidos os maiores nomes da história da fotografia mundial. Em seu arquivo, já exposto em 11 países, há registros de fatos marcantes da história do Brasil e do mundo, como o golpe militar de 1968 e todo o período da Ditadura.
Único a fotografar Pablo Neruda morto, Evandro Teixeira diz ter aprendido muito em ocasiões trágicas. "Alguns momentos da história, como os golpes militares no Brasil e no Chile, são dramáticos para todos, inclusive para mim, pessoalmente. Mas profissionalmente tive a honra de tê-los registrado. No Brasil, Fotografei todos os presidentes do período da ditadura, e também o enterro de todos eles, sem exceção", lembra.
Teixeira fala com orgulho sobre as conquistas internacionais da fotografia brasileira, mas faz alguns alertas sobre mudanças necessárias. "Hoje a fotografia brasileira está entre as mais respeitadas e modernas do mundo. Não devemos nada a ninguém. Mas ainda temos como barreira a dificuldade de intercâmbio profissional", diz o fotógrafo.
Sobre oportunidades profissionais, Evandro diz que as portas não estão abertas a todos, mas sempre haverá espaço para bons fotógrafos. "A fotografia hoje tem espaço em galerias de arte e em exposições. Há editoras que investem em livros e álbuns de fotografia", comemora Teixeira, que tem 3 livros lançados
Para Teixeira, o desenvolvimento tecnológico na área da fotografia pode ser analisado por dois lados. "Sempre acompanhei as mudanças, gosto destes desafios tecnológicos. Os equipamentos novos, digitais, proporcionam mais qualidade de imagem com equipamentos menores e mais leves; hoje, faz-se uma fotografia no meio do Oceano Pacífico e um minuto depois ela está na redação. Contudo, eles trouxeram também a banalização da imagem, pois qualquer um tem acesso a uma câmera digital e acha que pode fotografar profissionalmente. Não existe mais aquele olhar seletivo".
Visite o site de Evandro Teixeira
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