PCDs: Projeto em MG insere pessoas com sofrimento mental
Iniciativa pioneira é realizada em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de BH, Senac/MG e supermercado Verdemar
Belo Horizonte, 03/12/2014 – A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais (SRTE/MG), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Belo Horizonte, o Senac/MG e o supermercado Verdemar, articula a inserção de pessoas com sofrimento mental (esquizofrenia e outros transtornos) no mercado de trabalho por meio do Projeto de Inclusão de Pessoas com Deficiência no Trabalho. A iniciativa, que ocorre às vésperas do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência (03/12) e é pioneira em Minas Gerais, visa a capacitar e desenvolver profissionalmente quem apresenta transtornos mentais.
“A esquizofrenia é um tipo de deficiência de difícil aceitação e inclusão no mercado de trabalho devido ao preconceito. A sociedade conhece pouco sobre o assunto. Mas, desde que estejam estáveis e em tratamento, as pessoas com sofrimento mental têm um grande potencial laborativo”, ressalta a Coordenadora do Projeto e Auditora Fiscal da SRTE/MG Patrícia Siqueira Silveira.
Desde o mês passado, a primeira turma, composta por 15 aprendizes indicados pela Secretaria Municipal de Saúde para participarem do Projeto, já está sendo capacitada pelo Senac/MG. Após concluírem a etapa teórica, eles iniciarão, em janeiro de 2015, a etapa prática no supermercado Verdemar, onde devem desempenhar funções variadas que vão desde a produção até o atendimento ao público. Os indicados são pessoas com sofrimento mental que já frequentam os chamados Centros de Convivência (criados em resposta a luta antimanicomial), onde recebem todo o acompanhamento e tratamento necessários.
Ela lembra que uma iniciativa similar já vem sendo realizada na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio Grande do Sul. “Fiquei sabendo o que eles faziam por lá e decidi conhecer o projeto. Gostei bastante e trouxe para Minas. Aqui, convidei a Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Belo Horizonte, o Senac/MG e o Verdemar para serem nossos parceiros. Eles também foram ao Sul conhecer a iniciativa. Lá, o projeto já é uma realidade. Aqui, ainda estamos dando o pontapé inicial. Mas já é um excelente começo para a quebra do mito de que as pessoas com sofrimento mental não podem trabalhar”.
O Projeto também está inserido no contexto da Lei 8.213/91, mais conhecida com Lei de Cotas. “Quando procurei uma empresa para ser parceira nesta primeira etapa, além de buscar uma instituição que precisasse cumprir a Cota, pensei naquela que tivesse o perfil para receber essas pessoas. E, ao fazer a proposta para o Verdemar, eles aceitaram de imediato”.
Patrícia ainda conta que nesta terça-feira, 02/12, foi realizada a primeira reunião de avaliação do Projeto e que o resultado foi bastante positivo. “Todos estão muito empenhados e empolgados. O Verdemar, inclusive, já está interessado em formar novas turmas. E esta é a primeira experiência dos Centros de Convivência com a inclusão progressiva no mercado de trabalho por meio da aprendizagem”, destaca.
A Coordenadora também esclarece que, futuramente, outras pessoas com sofrimento mental e outras empresas também poderão integrar o projeto. “Já está havendo bastante procura por parte de outras empresas”, comenta.
Os interessados em participar e as empresas interessadas em contratar esse aprendizes devem procurar o Núcleo de Igualdade de Oportunidades (NIO) da SRTE/MG por meio do telefone (31) 3270-6156 ou pessoalmente na rua Tamoios, nº 596, Centro – 3º andar (das 9h às 17h).
Assessoria de Imprensa/MTE
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