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Prazo de retorno de brasileiros ao Japão pode ser reduzido

Segundo carta entregue ao secretário-executivo do MTE, o período de três anos para retorno de brasileiros demitidos no País pode ser reduzido, caso a situação econômica do Japão melhore

Brasília, 19/05/2009 - O prazo de retorno de brasileiros beneficiados com a iniciativa do Japão em oferecer ajuda financeira aos trabalhadores brasileiros demitidos pode ser reduzido, segundo carta entregue nesta terça-feira (19) pelo ministro da Embaixada do Japão, Tatsuo Arai, ao secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Emprego, André Figueiredo.

O documento, assinado pelo Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário do Japão no Brasil, Ken Shimanouchi, destinado ao ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, manifesta também o desejo do país em continuar intensificando a cooperação com o Governo do brasileiro. Segundo trecho da carta "Esse tempo poderá ser revisto, mesmo antes de completar os três anos, caso a situação econômica do Japão venha a melhorar, o que tenho a expectativa de que acontecerá em curto espaço de tempo".

Ao receber a carta, André Figueiredo disse que o Governo Brasileiro nunca duvidou do interesse do Japão em manter um bom relacionamento com o Brasil e destacou a importância em se investir na área de trabalho e emprego para poupar os trabalhadores da crise. "Não é justo que eles paguem o preço de uma crise que não foi criada por eles. Com certeza, faremos o possível para que os japoneses também tenham os mesmos mecanismos de proteção social aqui no Brasil", afirmou o secretário-executivo do MTE.

Na carta, o Embaixador também elogia o pacote de medidas aprovadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que ampara os brasileiros residentes ou retornados do exterior, além de reconhecer que os cerca de 300 mil brasileiros residentes lá são indispensáveis ao panorama econômico japonês. "Isso reforça a minha esperança de poder continuar contando com o Brasil para juntos melhorar a vida e o ambiente de trabalho dos brasileiros residentes no Japão".