Trabalhadores foram encontrados em situação de trabalho degradante no interior de Goiás pelos fiscais da SRTE em operação iniciada em 13 de junho
Goiânia, 02/06/2008 - Os trabalhadores resgatados de situação de trabalho degradante no município de Porteirão pelos fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Goiás começaram hoje a voltar para suas cidades de origem.
A maioria dos 250 trabalhadores encontrados, provenientes do Maranhão e de outros estados do Nordeste, foram flagrados pelos auditores em 18 de junho atuando em lavoura e usina do município sem condições de segurança, em alojamentos precários e alimentação gerenciada por um intermediador. O valor da refeição - descontado do salário - era muitas vezes desconhecido do trabalhador.
O auditor fiscal do trabalho Welton José de Oliveira, coordenador da operação, destaca que o ponto mais grave que caracterizou o trabalho degradante na usina foi a falta de segurança, que ocasionou, inclusive, a morte de dois trabalhadores nos últimos 30 dias. Os dois operários morreram após queda na usina por falta de Equipamento de Proteção Individual (EPI).
Welton informou ainda que a empresa tem 900 empregados em seu quadro de funcionários e, por este número, é obrigada por lei a manter um médico do trabalho, um engenheiro do trabalho, um enfermeiro e três técnicos de segurança do trabalho.
"Eles não tinham nada além de um técnico de segurança que atua no almoxarifado da usina em detrimento de suas funções profissionais", ressalta Oliveira.
A ação fiscal ainda não concluiu a rescisão de contrato dos trabalhadores, iniciada na terça-feira (01). Desde o flagrante registrado pelos fiscais do MTE, os trabalhadores aguardam a rescisão na cidade de Porteirão, em alojamento pago pela empresa. Os custos com transporte dos trabalhadores resgatados até suas cidades de origem também será assumido pela empresa que além de ter que pagar as rescisões devidas aos trabalhadores está sendo autuada e multada pelas infrações trabalhistas.
Assessoria de Imprensa SRTE/GO