Embora o papel dos cipistas e sindicatos seja conscientizar e convencer os trabalhadores sobre suas responsabilidades na proteção pessoal, a responsabilidade maior é do empregador
Bahia, 13/08/2008 - O Grupo da Construção Civil do Fórum do Meio Ambiente de Trabalho (Forumat) realizou no dia 05 de agosto, no auditório do CREA, a reunião técnica com auditores fiscais do trabalho, membros do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) e Cipistas, a fim de esclarecer os riscos presentes na construção civil, além de discutir sobre saúde e segurança no trabalho.
Na reunião, o auditor fiscal do Trabalho Palmério Queiroz falou sobre a importância do cumprimento da Norma Regulamentadora 18, editada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a qual regulamenta o meio ambiente e as condições de segurança que devem ser adotadas nas indústrias da construção.
"Métodos simples como a colocação de telas de segurança garantem a proteção dos operários e pedestres alheios à obra e também uma eventual queda de ferramentas e objetos", adverte o Queiróz.
Uma das maiores dificuldades apontadas pelo médico e auditor fiscal Gerson Estrela é que os sintomas das doenças ocupacionais, através do contato direto com agentes químicos e das atividades que demandam esforço físico, demoram a surgir, dificultando a identificação da empresa responsável pelos danos causados à saúde do trabalhador.
Para a auditora fiscal Graça Porto, embora o papel dos cipistas e sindicatos seja conscientizar e convencer os trabalhadores sobre suas responsabilidades e a importância da utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), a responsabilidade maior é do empregador. Isso implica na formalização do vínculo, a compra dos EPIs e a obrigatoriedade da utilização dos mesmos, reduzindo, portanto, o número de acidentes de trabalho da construção civil - segmento econômico que mais se destacou nos primeiros seis meses na geração de emprego formal na Bahia.
O evento foi promovido pelo grupo da construção civil constituído pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego(SRTE/BA), Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, SINTRACOM, SINTEPAV, SINDIPEDRA e FETRACOM que reuniu cerca de 120 pessoas, inclusive técnicos de segurança da iniciativa privada, na tentativa de tornar efetivo a aplicabilidade da NR 18.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA SRTE/BA