Dados da RAIS mostram que massa salarial do país subiu 11,97% no ano passado. 'É o triplo da inflação do período', destaca o ministro Carlos Lupi
Foto: Renato Alves
Ministro aposta em novo recorde em 2007: 2,2 milhões de empregos
Brasília, 22/11/2007 - O Brasil teve em 2006 a maior geração de empregos formais da história; um aumento de 5,86% no salário médio pago aos trabalhadores e também registrou uma expansão de 11,97% da massa salarial (total de rendimentos pagos aos empregados). Os dados constam do relatório final da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) - 2006, apresentado nesta quinta-feira (22) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.
"Não esperávamos dados tão positivos", afirmou Lupi. "Eles mostram que o Brasil está vivendo um momento especial: a economia apresenta um crescimento consistente, a inflação está controlada e geração de empregos é recorde. As empresas estão acreditando e investindo, e tenho certeza que em 2007 vamos chegar a 2,2 milhões de novos postos", previu, destacando a necessidade de investimentos na qualificação de trabalhadores para ocupar as novas oportunidades que estão surgindo.
Segundo a RAIS, a geração de empregos formais apresentou uma expansão de 1,917 milhão de vagas - número que representa um crescimento de 5,77% do total de vagas naquele ano. Desse total, 1,5 milhão possuem carteira assinada e 382 mil são estatutários.
Já o salário médio pago ao trabalhador brasileiro subiu de R$ 1.167,81 para R$1.236,19 no ano de 2006, registrando um aumento de 5,86% - o maior da série histórica desde 1996.
A expansão dos postos de trabalho e o aumento do salário médio contribuíram para que a massa salarial dos brasileiros crescesse 11,97% entre 2005 a 2006. Trata-se do maior aumento deste indicador desde 1995, atingindo o montante de R$ 43,5 bilhões. "É quase o triplo da inflação deste período", destacou Lupi.
Mulheres - Os números da RAIS também revelam que o ingresso de mulheres no mercado formal é maior do que o dos homens - a participação delas cresceu em 6,59% em 2006, enquanto a dos homens ficou em 5,21%. A predominância das mulheres é registrada especialmente entre trabalhadores com nível superior completo, faixa em que o crescimento dos empregos para as mulheres chegou a 164,9 mil postos - mais do que o dobro das vagas ocupadas por homens (73,4 mil).
"A mulher está entrando no mercado mais preparada. Significa dizer que a mulher, quando tem maior informação e escolaridade, começa a disputar um posto e conquistar a sua liberade", destacou o ministro Carlos Lupi.
No entanto, ao comparar as rendas de homens e mulheres segundo o nível de instrução, a RAIS 2006 mostrou que as mulheres com nível superior completo recebem 57,19% do que um homem nas mesmas condições. Essa diferença cai de acordo com a escolaridade. Entre os analfabetos, por exemplo, o salário feminino alcança 82,59% da remuneração masculina. "Precisamos convencer os empresários a aumentar estes salários", disse o ministro.
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