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Salário médio tem aumento de 18% acima da inflação em sete anos

Em 2009, o rendimento médio dos trabalhadores cresceu em 2,51%, descontada a inflação. Roraima foi o estado com maior crescimento da remuneração média: acima de 12%

Brasília, 05/08/2010 - A remuneração média dos trabalhadores em 2009 teve um aumento real de 2,51%, passando de R$ 1.556,15 em 2008, para R$ 1.595,22 no último ano. Nos últimos sete anos o crescimento foi de 18,25% acima da inflação, resultado da elevação de 19,11% para as mulheres e 18,38% para os homens. Os números foram apresentados pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, nesta quinta-feira (05).

Em termos relativos, o Nordeste puxou o aumento dos rendimentos médios, com expansão de 4,78%. No entanto, a região registrou o menor valor na remuneração média, com R$ 1.236,26. Em seguida vem a região Centro-Oeste, com crescimento de 2,91%, registrando o maior salário médio do país, no valor de R$ 2.007,54. O Norte teve crescimento real de 2,45% e o Sudeste de 2,22%. A menor taxa de crescimento foi registrada no Sul, com um aumento de 2,07% e o salário médio chegando ao valor de R$ 1.464,57.

Entre os estados, Roraima liderou o aumento dos rendimentos médio, com crescimento real de 12,48%, alcançando o valor de R$ 1.785,44. Esse crescimento está ligado ao comportamento favorável de subsetores como Serviços Médicos e Odontológicos, Indústria de Papel, Papelão e Gráfica, Serviços de Comércio e Administração de Imóveis e nos Serviços de Alojamento e Alimentação. O maior salário médio foi registrado no Distrito Federal, com valor de R$ 3.445,06.

Somente o Amazonas e Acre foram os únicos estados que registraram queda na remuneração média, com diminuição de 2,40% e 0,16%, respectivamente. A Paraíba, apesar de ter registrado um aumento de 9,01% nos rendimentos médios, tem o o menor valor do salário de admissão, com R$ 1.130,31.

Gênero - No último ano, o ganho real das mulheres ficou em 2,70%, resultado de um aumento de 6,22%  no rendimento médio das mulheres com ensino fundamental completo e uma queda de 1,61% na faixa de escolaridade superior incompleto. Entre os homens o aumento foi de 2,52%, resultante de variações que oscilam entre  uma 2,13% no grau de instrução superior incompleto a uma elevação de 5,27% para os analfabetos. Os valores registrados foram de R$ 1.422,99 para elas e de R$ 1.717,66 para eles.

Esses dados resultaram do crescimento da participação do rendimento da mulher no mercado de trabalho, que alcançou 82,84% em 2009. A maior diferença de remuneração média está no nível superior completo, onde o estoque e a geração de empregos entre as mulheres superam os entre homens. Nesta faixa de escolaridade a diferença ficou em 58,17%, abaixo do verificado em 2008, de 57,86%.

Estabelecimentos - Os estabelecimentos com menor número de vínculos empregatícios registraram aumento maior na remuneração média dos trabalhadores. As empresas com até quatro vínculos tiveram um aumento real de 4,57% e as com 5 a 9 vínculos crescimento de 4,11%. Essa elevação pode estar relacionada ao ganho real obtido pelo salário mínimo.

Os estabelecimentos com mil ou mais vínculos e os com entre 500 e 999 vínculos empregatícios apresentaram as menores taxas de crescimento no rendimento médio real, da ordem de 0,71% e 1,94%, respectivamente.

Apesar desse comportamento, prevalece ainda um diferencial de 185,4% entre os salários auferidos pelos trabalhadores situados nos estabelecimentos menores, com até 4 vínculos (R$ 788,13), e nos estabelecimentos maiores, com mil ou mais vínculos empregatícios (R$ 2.248,93).

Assessoria de Imprensa do MTE
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