Pernambuco, 09/07/2009 - O setor de Relações do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Pernambuco (SRTE/PE) participou na última semana do I Seminário Pernambucano de Prevenção e Controle da Exposição aos Agentes Ambientas em Marmorarias. O encontro foi realizado na sede da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), que também cuidou de sua organização.
A Regional apresentou uma pesquisa sobre as condições de trabalho nas marmorarias do Recife e a atuação da fiscalização nesses locais. "Nossa proposta foi fazer um diagnóstico do setor quanto à ocorrência de doenças e acidentes. No período de 2001 a 2004 visitamos 75 marmorarias na Região Metropolitana. Destas, 21,3% funcionavam de forma ilegal. Infelizmente, a realidade ainda não mudou", disse a engenheira de Segurança do Trabalho e atual chefe do setor de Relações do Trabalho da superintendência, Joseline Carneiro Leão.
Segundo ela a identificação das empresas foi uma das grandes dificuldades. "Muitas não tinham a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (Cnae) referentes a marmorarias, mas a relacionada ao comércio. Por isso não conseguíamos enquadrá-las na fiscalização. Desenvolvemos, então, um banco de dados com base em outras informações, como as publicadas em listas telefônicas, no catálogo da Federação das Indústrias e em denúncias do sindicato da categoria", declarou.
Durante a pesquisa foram identificados oito acidentes de trabalho, desde a perda de um dedo ao esmagamento e fratura de membros. Também foi notificado um caso de silicose, doença causada pelo acúmulo de sílica nos pulmões, o que dificulta a respiração do trabalhador enquanto efetua o corte das pedras de mármore ou granito.
Foram constatadas nas empresas, ainda, instalações elétricas inadequadas, condições precárias de higiene e conforto, falta de proteção das máquinas, excesso de poeira, ausência dos exames médicos, além da falta de notificação dos acidentes e doenças do trabalho.
Assessoria de Imprensa SRTE/PE