Somente no primeiro trimestre de 2010, foram quase cinco mil autorizações temporárias concedidas a profissionais desse setor. No total, foram concedidas 11.530 autorizações este ano
Brasília, 31/05/2010 - No primeiro trimestre de 2010, 11.530 profissionais estrangeiros foram autorizados a trabalhar no Brasil, com 94% das autorizações de cunho temporário, com estada de até dois anos. Segundo dados da Coordenação Geral de Imigração (CGig) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), entre os profissionais estrangeiros autorizados a trabalhar temporariamente no Brasil, 4.977 estão ligados à produção e exploração de petróleo e gás natural.
Segundo o coordenador geral de Imigração do MTE, Paulo Sérgio de Almeida, o setor líder na absorção de estrangeiros no mercado brasileiro recebe embarcações e plataformas estrangeiras, que já vêm tripuladas do exterior. "Cada embarcação estrangeira chega com uma equipe de profissionais, que são autorizados a ingressar no Brasil. Como o setor tem tido um crescimento exponencial, é cada vez maior a presença de embarcações e plataformas estrangeiras, o que gera aumento no número de autorizações concedidas", explica.
As autorizações concedidas ao setor econômico relacionado ao petróleo e gás passaram de 33% em 2009 para 45,5% nos três primeiros meses de 2010. A concentração de autorizações no setor reflete na distribuição por Unidade Federativa: o Rio de Janeiro, maior produtor de petróleo do Brasil, lidera o número de autorizações. Somente no primeiro semestre de 2010 foram 6.879 autorizações para profissionais estrangeiros trabalharem no Rio de Janeiro.
Em relação ao país de origem dos profissionais, o país com maior número de registros são os Estados Unidos, com 1.608 autorizações entre janeiro e março deste ano, seguido do Reino Unido, com 1.119, e Filipinas, 1.086. Norte-americanos e europeus formam contingente de mão-de-obra com qualificação específica, enquanto filipinos são em maior parte tripulantes em navios e plataformas do setor de petróleo e gás.
As autorizações permanentes somam 603 até março. A legislação brasileira estabelece a necessidade de visto permente para diretores de empresas. Além disso, estrangeiros que aplicam recursos em atividades produtivas no Brasil também podem conseguir visto permente. "A maioria dos profissionais que conseguem esse tipo de autorização são diretores e executivos com poder de gestão que vêm ao Brasil trabalhar em filiais de empresas estrangeiras que aqui se estabelecem", comenta Paulo Sérgio.
Para o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, o aumento do número de profissionais estrangeiros no Brasil está diretamente ligado ao crescimento do país, decorrente dos investimentos na economia brasileira, desde a implantação de grandes projetos nas áreas industriais, de energia, e principalmente no setor de petróleo e gás, até ampliações de indústrias, compra de máquinas e equipamentos importados.
"Tudo isso demanda a presença de profissionais estrangeiros para a supervisão de sua instalação e início de operação. Esses profissionais não competem com os trabalhadores brasileiros e muito menos retiram seus empregos. Ao contrário, trazem novos conhecimentos e experiências complementares, permanecem temporariamente no Brasil e ajudam a implantar projetos geram mais empregos para os brasileiros", avalia Lupi.
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