Setor de Serviços apresenta o melhor desempenho na geração de empregos em agosto
Com a criação de 94.398 novas vagas, o setor gerou no mês mais do que o dobro do número de novas vagas apresentadas em julho, que foi 45.961
Brasília, 14/09/2011 – O setor da atividade econômica que mais gerou emprego em agosto foi o de Serviços, com a criação de 94.398 novas vagas, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgados nesta quarta-feira (14). Houve desempenho positivo na geração de emprego em seis dos oito setores de atividade, com relativa estabilidade em um e queda em outro.
Os setores que apresentaram desempenho positivo em agosto foram a Extrativa Mineral, Comércio, Indústria de Transformação, Construção Civil e Administração Pública, além de Serviços. Os Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) se manteve praticamente estável em seu nível de emprego. A Agricultura, por motivos sazonais, apresentou queda na geração de empregos, no mês.
O comportamento favorável do setor Serviços, com 94.398 postos, representa mais do que o dobro das vagas geradas pelo setor no mês de julho, que teve saldo positivo de 45.961 novas vagas, quando também foi o setor que mais contribuiu com as novas vagas no mercado de trabalho. O resultado decorreu da expansão generalizada dos seis ramos do setor, principalmente Comércio e Administração de Imóveis, que criou 27.475 novos postos de trabalho.
O setor Extrativa Mineral merece destaque por apresentar pelo terceiro mês consecutivo saldo recorde, com a geração de 1.997postos. A Construção Civil, com a criação de 31.613 novos postos e com taxa de crescimento de 1,16%, apresentou o maior aumento entre os oito setores de atividade econômica. A Administração Pública apresentou saldo positivo de 1.722 postos.
O Comércio teve saldo de 44.336 novos postos. A elevação de 0,54% no estoque de empregos do setor é oriunda, principalmente, do desempenho positivo do Comércio Varejista, que apresentou saldo positivo de 36.495 novas vagas, e do Comércio Atacadista, com 7.841 postos.
Houve expansão de 35.914 empregos na Indústria de Transformação, originados do desempenho positivo de 11 dos 12 ramos que integram o setor, com destaque para a Indústria de Produtos Alimentícios, que foi responsável por gerar 17.441 novos postos. A Indústria da Borracha, Fumo e Couro, com saldo negativo de 7.566 postos de trabalho, foi o único ramo da Indústria que registrou queda do nível de emprego, em razão de motivos sazonais.
Os Serviços Industriais de Utilidade Pública apresentou o saldo negativo de 36 postos de trabalho, com a taxa de variação de -0,01%. Tal desempenho deveu-se, primordialmente, à redução do emprego nas atividades relacionadas a esgoto, exceto a gestão de redes, em São Paulo, que apresentou o saldo positivo de 1.038 novos postos. Na Agricultura, o saldo negativo da geração de empregos verificado nas atividades ligadas ao cultivo de Café superou o desempenho favorável em alguns segmentos da agricultura, o que fez com que o setor apresentasse o saldo negativo de 19.498 postos ou -1,13%.
"A Agricultura está em entressafra no Sul, Sudeste e Centro-Oeste e, por isso, já era esperada uma queda na geração de empregos no setor este mês. A Indústria da Borracha, Fumo e Couro também fechou vagas por conta do período do ano. A Indústria de Produtos Alimentícios continuará puxando contratação nos próximos três meses, por conta da produção para o fim de ano, assim como os setores de Comércio e Serviço terão muitas contratações", destacou o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.
De janeiro a agosto deste ano, os setores que mais geraram empregos com carteira assinada foram: Serviços (729.502), Indústria de Transformação (329.041), Construção Civil (259.495) e Agricultura (240.615).
Assessoria de Imprensa do MTE