O intuito do evento é fomentar a geração de trabalho e renda e promover a inclusão social dos trabalhadores
Minas Gerais, 07/07/2008 - A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais (SRTE/MG) participará da 4ª Feira de Economia Solidária do Mercosul e da 15ª Feira Estadual do Cooperativismo, entre os dias 11 e 14 de julho. A participação da SRTE/MG nos eventos que serão realizados em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, será através do Fórum Mineiro de Economia Solidária do qual faz parte.
A Comitiva, que conta a participação de duas servidoras da SRTE/MG, é composta por 33 empreendimentos econômicos solidários de 22 municípios mineiros, duas entidades de apoio e oito gestores públicos.
Para o superintendente Regional do Trabalho e Emprego, Osman Miranda Sales, o evento contribuirá para fomentar a geração de trabalho e renda possibilitando a inclusão social de milhares de trabalhadores.
"Esta feira é um grande espaço de articulação, debate, troca de idéias, experiências de comercialização direta dos empreendimentos solidários, da agricultura familiar, das agroindústrias familiares, dos catadores, dos povos indígenas, dos trabalhadores do campo e da cidade", afirma Norma Valentina, agente de Desenvolvimento Solidário da SRTE/MG.
Busca de alternativas - Nas últimas décadas, muitos trabalhadores brasileiros têm buscado na economia solidária uma alternativa de geração de trabalho e renda. Esta outra economia, baseada em princípios que colocam o ser humano como sujeito e finalidade da atividade econômica em vez da acumulação privada em geral, e de capital, em particular, possui como valores fundamentais a solidariedade, a cooperação, a autogestão, a justiça social, o respeito à natureza e a responsabilidade com as gerações futuras. Norma Valentina afirma que a Economia Solidária vem ganhando força no Brasil e se firmando de norte a sul e de leste a oeste.
Gestão - Nos empreendimentos econômicos solidários, os trabalhadores organizam-se coletivamente para produzir um bem, prestar um serviço, comprar ou trocar sem agredir o meio ambiente, tomando decisões coletivas, dividindo de forma justa responsabilidades e obrigações e principalmente os frutos advindos do exercício da atividade econômica. Evitando, assim, a concentração de riquezas em mãos de poucos.
Dados da Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego(SENAES/MTE) mostram que existem hoje aproximadamente 30 mil empreendimentos econômicos no país, com estas características, organizados sob a forma de associações, cooperativas, grupos informais, clubes de troca, sociedades mercantis entre outras.
Em Minas Gerais existem cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis; associações e grupos produtivos rurais e urbanos constituídos por homens e mulheres que produzem grãos, queijo, leite, mel, pães, doces, açúcar, biscoitos, farinhas, artigos de decoração, vestuário em geral, calçados e diversos tipos de acessórios como bolsas e bijuterias.
Segundo Valentina os produtos produzidos pela economia solidária mineira são de excelente qualidade e possuem um sabor especial, segundo ela porque trazem intrínsecos a marca da resistência a um modelo de desenvolvimento capitalista que produz riquezas para poucos gerando miséria e exclusão para uma grande maioria da população.
O evento possibilitará a divulgação dos produtos da economia solidária de Minas mostrando a diversidade cultural e artística do estado, fortalecendo as estratégias de comercialização e o intercâmbio entre os diversos povos, possibilitando a inclusão social de trabalhadores.