Evento contará com fabricantes e fornecedores de maquinário para os setores de panificação, açougues e supermercados
Belo Horizonte, 20/10/2014 – A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego
A auditora fiscal da SRTE/MG e coordenadora do Projeto Intervenções Coletivas, Julie Teixeira, explica que, durante o encontro, apresentará o diagnóstico das fiscalizações feitas em algumas panificadoras, açougues e supermercados. “Encontramos muitas máquinas em desacordo com os dispositivos de segurança elencados pela NR 12. Às vezes, o equipamento já vem inadequado de fábrica. Nesse caso, orientamos que a empresa, enquanto consumidora, solicite um recall à fabricante. Em outros casos, o empregador prefere manter os equipamentos antigos e apenas adequá-los à Norma. Mas o que percebemos é que, nem sempre, essa adaptação atende às diretrizes da NR 12. Por isso, também convidamos para essa palestra os profissionais responsáveis pelas atualizações dos dispositivos de segurança de máquinas mais antigas”, afirmou.
Sobre a importância de se manter o maquinário em dia com a Norma, Julie Texeira, esclarece: “Isso evita uma série de acidentes de trabalho, que vão desde uma lesão leve a amputações ou até mesmo à morte do trabalhador que opera a máquina”. Dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) mostram que, entre 2011 e 2013, mais de 170 mil acidentes relacionados a máquinas foram notificados por meio da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). Desses, 358 casos foram fatais; mais de 10 mil empregados sofreram amputações e aproximadamente 33 mil trabalhadores tiveram fraturas em decorrência das irregularidades nos dispositivos de segurança das máquinas.
Para a coordenadora do Setor de Segurança do Trabalho do Grupo Super Nosso, Alice Ribeiro, manter os equipamentos adequados à Norma é de suma importância tendo em vista a gravidade dos acidentes. “Em muitos casos, o trabalhador fica com sequelas irreversíveis. Por isso, apesar de as adequações à NR 12 demandarem um investimento considerável por parte das empresas, é imprescindível que sejam promovidas o quanto antes. Foi o que fizemos em todas as lojas do Super Nosso após a fiscalização realizada pela SRTE/MG no ano passado. E estamos muito satisfeitos por conseguir cumprir todas as exigências”, enfatiza.
O gerente de uma das lojas do Super Nosso, Alan de Paula Almeida, conta que acompanhou de perto toda a inspeção fiscal e adequações no maquinário da loja do Grupo localizada
A palestra conta com o apoio da Fecomércio, da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), do Sindicato de Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios (Sincovaga), do Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão) e da Associação Mineira de Supermercados (Amis).
Intervenções Coletivas - Implantado em 2013, o Projeto Intervenções Coletivas surgiu com o objetivo de aliar inspeções fiscais a ações educativas relativas à segurança e à saúde do trabalhador e, assim, sensibilizar o maior número de empregadores e entidades sindicais dos setores de hipermercados, açougues, padarias, peixarias e hortifrutigranjeiros.
Os encontros permitem que as empresas se antecipem e corrijam as irregularidades antes mesmo de receberem a fiscalização da SRTE/MG. “Reunimos vários representantes de empresas em um mesmo momento para atualizá-los em relação à legislação e às consequências de práticas irregulares. Mais esclarecidos, elas tendem a promover as devidas mudanças, de imediato, no maquinário e equipamentos da empresa, evitando, assim, eventuais notificações, interdições, reclamações trabalhistas ou até mesmo ajuizamento de ações regressivas no INSS – quando a empresa é intimada a arcar com os custos dos benefícios pagos pelo órgão ao trabalhador afastado em decorrência de acidente de trabalho”, complementa Julie Teixeira.
Assessoria de Imprensa/MTE
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