Resgatados trabalhavam no corte de pinus sem carteira assinada, equipamentos de proteção e condições de higiene. Um deles dormia em um curral
Brasília, 03/06/2009 - Auditores fiscais do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Paraná (SRTE/PR) resgataram nesta terça-feira (02), 29 trabalhadores em situação análoga a de escravo na região de Varzeão, município de Doutor Ulysses (PR), distante 140 km de Curitiba (PR). A operação contou com a participação do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Força Verde da Polícia Militar Ambiental do Paraná.
Segundo o coordenador da operação, Rui Tavares, a equipe de auditores agiu rapidamente ao chegar ao local. "Assim que nos deparamos com a situação, sentimos necessidade de agir com urgência para que as medidas fossem tomadas", afirmar o coordenador.
os resgatados trabalhavam no corte de pinus para três empregadores que não assinavam as Carteiras de Trabalho de 24 trabalhadores. Todos estavam em condições de degradância. O pagamento era feito por dia e anotado em cadernetas. Os empregadores não depositavam os valores do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Alojados em barracos de madeira e até em um curral, os trabalhadores usavam banheiros sem condições de higiene e bebiam água de córrego, sem tratamento. Alguns usavam Equipamentos Individuas de Proteção (EPIs) adquiridos com recursos próprios, mas a maioria não possuía os equipamentos.
Os empregadores terão de que pagar R$ 64 mil referentes a rescisões trabalhistas e o Fundo de Garantia. Os patrões têm até o dia 5 de junho para recolher o FGTS dos trabalhadores.
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