Em audiência pública representantes de vários órgãos envolvidos no combate ao Trabalho Escravo discutem resultados da operação
São Paulo, 28/01/2013 - A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE-SP) realizou nesta terça-feira (28), uma Audiência Pública em homenagem ao Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. No evento, que aconteceu no auditório da SRTE-SP, foi anunciado um balanço parcial da Operação Gato Preto, Força-Tarefa promovida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que vem fiscalizando ações ilegais nas carvoarias do interior paulista e que conta com o apoio do Ministério Público do Trabalho, Polícia Rodoviária Federal, Justiça do Trabalho e Advocacia Geral da União.
“As fiscalizações vão continuar intensas. Os supermercados e churrascarias da capital paulista estão sendo abastecidos com carvão produzido com trabalho infantil e escravo. Estamos apenas começando, seremos intransigentes nessa questão e quem estiver envolvido será responsabilizado”, afirmou o superintendente da SRTE-SP, Luiz Antonio Medeiros. Apenas na primeira semana de operações a Força-Tarefa resgatou 32 trabalhadores e 5 menores, um deles com 14 anos de idade.
Segundo o coordenador do Programa de Combate ao Trabalho Escravo da SRTE-SP, o auditor fiscal Renato Bignami, em 5 das 14 carvoarias fiscalizadas até agora foram resgatados trabalhadores em situação de trabalho escravo e crianças em situação de trabalho infantil. Apenas numa única carvoaria interditada no município de Piracaia, 10 pessoas trabalhavam sem qualquer equipamento de segurança, sem instalação sanitária e até sem água potável.
“O trabalho escravo é uma chaga que precisa ser enfrentada com coragem e dignidade e que, infelizmente, está acontecendo no nosso quintal”, disse a procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho em São Paulo, Claudia Regina Lovato, presente ao evento. Para o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Sérgio Heleno, que disponibilizou um efetivo de 100 homens para a operação, “esta ação funcionou tão bem porque trabalhamos integrados. Queremos cortar o mal pela raiz para evitar que se cometa esse tipo de infração numa região tão próxima à capital paulista”.
Também estiveram presentes no ato a desembargadora Ivani Contini Bramante, representando o TRT 2° Região; a juíza Patrícia Therezinha de Toledo, da Vara Itinerante de Combate ao Trabalho Escravo; o procurador Thiago Muniz, da Coordenação Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo do MPT; Robson Thomaz, representando o prefeito da capital Fernando Haddad; Juliana Armede, representando a Secretaria de Estado da Justiça, entre outras lideranças e autoridades.
Assessoria de Imprensa/MTE
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