Economia Solidária

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Detalhes






Conheça Alguns dos Projetos Apoiados

 

Cadeia Produtiva do Algodão Ecológico:

Projeto apoiado pela SENAES/MTE para organização de uma cadeia produtiva do algodão orgânico, que reúne: produção de algodão agro-ecológico por agricultores familiares organizados em associação em Tauá (Ceará), produção industrial dos fios por duas cooperativas de São Paulo, e confecção nas cooperativas e demais empreendimentos do Sul do país (coordenados por cooperativa de Porto Alegre RS). A proposta nasceu a partir da experiência de produção das 60 mil bolsas distribuídas aos participantes do Fórum Social Mundial 2005, iniciativa que também contou com o apoio da SENAES/MTE. Ainda em 2005, e com o apoio da Secretaria, a cadeia lançou marca própria Justa Trama e a primeira coleção de roupas, durante o Fórum Mundial do Turismo, no Rio de Janeiro. Em 2006, a SENAES/MTE novamente apoiou a cadeia, a partir de um projeto apresentado pela UNISOL Brasil, que assumiu a condição de articuladora da parceria. Desde 2005, a cadeia do algodão ecológico vem gerando renda e trabalho para cerca de 700 trabalhadores/as em cooperativas e associações de 11 estados brasileiros, produzindo em torno de 1,5 toneladas de algodão e 12.000 peças de vestuário por ano.

Cadeia Produtiva do Mel:

Em diálogo com a Rede Abelha do Nordeste, articulação de entidades e grupos de apicultores existente desde 1990, a SENAES/MTE identificou que um dos grandes gargalos das centenas de associações e cooperativas desse setor no Nordeste era o não atendimento às normas definidas para a produção de mel. Diante disso, a SENAES/MTE apoiou a proposta da Rede Abelha para a criação de Casas do Mel, unidades-modelos onde são realizados todos os processos de beneficiamento, envasamento e distribuição para a comercialização do produto. Desde 2005, foram construídas seis Casas do Mel, nas cidades de Irecê (BA), Russas (CE), Rosário (MA), Aparecida (PB), Araripina (PE), e Itaueira (PI), com capacidade de produção de 100 toneladas de mel por ano. Também está em construção, na cidade de João Câmara (RN), um entreposto de apicultura, que é uma grande unidade produtiva, com capacidade de beneficiar, embalar e colocar no mercado 400 toneladas de mel por ano. Ao todo, o projeto beneficiará um total de 2.729 pessoas. O desafio agora é fortalecer o trabalho da Rede Abelha no Nordeste, ampliando-a para outras regiões do País, como já vem ocorrendo em relação à região Sudeste, além de apoiar outras redes que atuam nesse setor.

Cadeia de Coleta de Materiais Recicláveis:

A atividade de coleta de materiais recicláveis é uma alternativa de sobrevivência para centenas de trabalhadores/as que vivem e trabalham nas ruas das cidades brasileiras. Ainda se constata um alto nível de exploração desses trabalhadores/as por parte de atravessadores e depósitos que compram o material coletado por preços irrisórios. O problema exige ações e investimentos múltiplos, que vão desde o apoio à organização e formação dos trabalhadores/as até a disponibilização de recursos para a infra-estrutura dos espaços onde realizarão suas atividades, beneficiando os materiais coletados e agregando valor para sua comercialização. Os catadores, cada vez mais organizados em representações nacionais, têm demandado políticas públicas neste sentido e, no âmbito destas políticas, desde 2005 a SENAES/MTE vem atendendo projetos de base associativa neste segmento produtivo. Entre os projetos apoiados, ressaltam-se de implantação de unidades industriais de reciclagem da Associação Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável de Belo Horizonte ASMARE, beneficiando 550 catadores e suas famílias, organizados em oito cooperativas associadas, e de sete cooperativas associadas em Sarandi, Maringá e Paiçandu, beneficiando 200 trabalhadores/as nos três municípios.

Cadeia Produtiva da Música Independente:

A SENAES/MTE tem apoiado ações que visam a difusão, a mobilização e a reorganização dos trabalhadores/as da cena musical independente, demanda presente entre as resoluções da Conferência Nacional de Economia Solidária, que indicam a necessidade de atuação na área da produção cultural, com ênfase à produção cultura local e independente. Com isso, a SENAES/MTE realizou várias reuniões ao longo de 2005 e 2006, com a participação de instituições e lideranças dos movimentos da cena musical, que apontaram os festivais de música independente como uma das ações necessárias para que a divulgação dos trabalhos artísticos se dê de forma mais eficiente. Como resultado desta mobilização, em 2006 um conjunto de realizadores de festivais de música independente criou a Associação dos Festivais de Música Independente ABRAFIN. Durante a realização dos festivais membros da ABRAFIN e SENAES/MTE, em parceria com a associação, tem promovido espaços de discussão, oficinas, workshops e seminários, com o objetivo de estimular a mobilização dos trabalhadores/as desta cadeia produtiva e construir diretrizes da atuação da economia solidária neste segmento. Em novembro de 2006, durante o Festival Goiânia Noise, a SENAES/MTE ratificou apoio político e material ao fortalecimento institucional da ABRAFIN, visando ações de integração dos festivais com a economia solidária, entre elas a identificação de demandas de bens e serviços consumidos nos festivais para que o fornecimento possa ser realizado por empreendimentos situados nas localidades próximas de cada evento. Entre outras ações previstas, estuda-se a viabilidade de uma parceria com a ABRAFIN para que, no ano de 2008, alguns dos festivais sejam realizados conjuntamente com o calendário nacional de Feiras de Economia Solidária. Outro avanço importante na construção desta parceria é a inclusão dos produtos da cadeia da musica independente nos canais de comercialização que estão sendo criados para os produtos da Economia Solidária, como as redes de lojas de comércio solidário que venderão CDs produzidos pela cena independente.





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