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Acordo mediado pela SRTE/SP evita 150 demissões

Pacto firmado com companhia de energia garante funcionamento de empresa gerida por empregados

São Paulo, 27/10/2008 - Acordo firmado entre a indústria de embalagens Flaskô e a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), mediado pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado de São Paulo (SRTE/SP), na última quinta-feira (23), evitou a demissão de 150 trabalhadores. A empresa teria que fechar as portas por causa do corte no fornecimento de energia elétrica por parte da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL).

Localizada em Campinas, a Flaskô tem uma história de dificuldades e luta trabalhista. Há 5 anos opera em regime de auto-gestão, controlada pelos próprios trabalhadores, que decidiram ocupar a fábrica e assumir a produção quando souberam que a empresa encerraria as atividades sem quitar os direitos trabalhistas dos funcionários e as dívidas com fornecedores.

Desde então a Flaskô vem renegociando dívidas e acordos para garantir sua recuperação financeira. Ao longo desse período, um dos maiores problemas são as dívidas junto à CPFL, crise que se agravou em outubro com a interrupção do fornecimento de energia mesmo com um processo de negociação de dívida em andamento.

No dia  2 de setembro, mais de 200 pessoas, entre ativistas do Movimento das Fábricas Ocupadas e funcionários da Flaskô, ocuparam pacificamente o saguão da SRTE/SP. Na ocasião, uma comissão foi recebida pela Superintendente Regional do Trabalho Lucíola Rodrigues Jaime. Os trabalhadores buscavam apoio na negociação com a CPFL para reduzir os custos no fornecimento de energia. Com mediação da SRTE/SP, as reuniões com a CPFL foram agendadas, mas antes da conclusão do cronograma de encontros ocorreu o corte no fornecimento de energia.

Num movimento para solucionar o impasse, na última quinta-feira, 23, a SRTE/SP reuniu-se com os coordenadores do Conselho de Administração da Flaskô e representantes da CPFL. Foi então selado um acordo para o restabelecimento do fornecimento de energia. Em contrapartida, a Flaskô apresentou um novo cronograma de pagamento de dívidas.

"Estamos atuando para evitar o fechamento de postos de trabalho. Se os trabalhadores mostram viabilidade técnica e econômica de manter a empresa, e diante do compromisso social já demonstrado pela CPFL, acreditamos que o resultado da mesa redonda foi altamente positivo", declarou a superintendente.

Além dos representantes da Flaskô, da CPFL e a superintendente, participaram da mesa redonda o assessor da superintendente Eduardo  Halim José do Nascimento, que coordenou os trabalhos, a Chefe da Seção de Fiscalização do Trabalho, Ana Palmira Arruda Camargo e a Chefe da Seção de Relações do Trabalho, Aylza Gudin.

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