Profissão já é quarentona e se consolidou no ano 2000, ganhando força com a preocupação estética. Hoje são 17.841 profissionais trabalhando em todo país, de acordo com os registros do Ministério do Trabalho e Emprego
Foto: Publico
As frutas estão entre
os itens de uma
alimentação saudável
Brasília, 29/08/2008 - Alimentação balanceada, muito verde, prato colorido. Em geral, são essas as recomendações dos nutricionistas para quem deseja uma vida saudável ou para quem quer emagrecer. E a dieta ganha força quando se aproxima o Dia do Nutricionista, comemorado no próximo domingo (31).
Segundo a Associação Brasileira de Nutrição (Asbran), existem em todo o Brasil 52.232 nutricionistas inscritos no Conselho Federal de Nutricionistas. 96,5% são do sexo feminino e estão na faixa etária de 26 a 40 anos. A área de atuação com maior concentração de profissionais é a de Nutrição Clínica 41,7%, seguida da área de Nutrição Coletiva, onde atuam 32,2% dos nutricionistas.
Embora o número de profissionais inscritos no Conselho esteja na casa dos cinqüenta mil, o número de nutricionistas registrados formalmente no mercado de trabalho é de 17.841, segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2006, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A grande maioria é do sexo feminino: 16.803, um universo de 94,18%.
Atividades desenvolvidas - O nutricionista está inscrito na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), do MTE, , desde 1982, sob o código 2237. Entre as atividades desempenhadas está o planejamento de programas de alimentação, preparação de dietas e cardápios e supervisão da produção de alimentos e cozinhas de indústrias e restaurantes.
Ele pode atuar também no setor administrativo de uma empresa, indústria, hospital, hotel ou escola, onde gerencia a produção de alimentos. Se optar por nutrição clínica, avalia o estado nutricional dos pacientes em ambulatórios, consultórios e hospitais e prescreve dietas de acordo com a enfermidade constatada.
No setor de marketing, o profissional pode desenvolver receitas e novos produtos alimentícios, promover degustações, além de organizar cozinhas experimentais. E na área de saúde pública, atua no planejamento de programas de merenda escolar e alimentação em creches e postos de saúde.
Um dos campos que mais têm crescido é o da nutrição esportiva. O nutricionista pode trabalhar em clubes, academias, confederações ou por conta própria, planejando cardápios e dietas adequadas às atividades físicas desempenhadas pelo atleta.
Comemoração - O Dia do Nutricionista, 31 de agosto, foi instituído em referência à data de criação da primeira associação da categoria - a Associação Brasileira de Nutricionista (ABN), no Rio de Janeiro, em 1949, que deu origem à Federação Brasileira de Nutrição (Febran) e, posteriormente, a atual Associação Brasileira de Nutrição (Asbran).
Nos próximos dias haverá uma programação especial para comemorar a data. Confira no sítio http://www.cfn.org.br/. Debates sobre a profissão, fóruns, jantares, entrega de prêmios, entre outros. Os eventos já começaram e alguns estão marcados até o dia 4 de setembro.
Trajetória da Profissão no Brasil - Foi em quatro grandes períodos que a profissão foi ganhando força no Brasil. Entre 1939 e 1949 começou sua trajetória, uma fase marcada pela emergência em que se deu a criação do primeiro curso de nutrição na Universidade de São Paulo. Já do início da década de cinqüenta até meados de 1975, a profissão começou a se consolidar: houve ampliação no número de cursos, de profissionais e de áreas de atuação. Essa época foi marcada também pela luta para regulamentar a classe.
A terceira fase se destaca pela instituição do 2º Programa Nacional de Alimentação e Nutrição (Pronan) e criação dos Conselhos Federais e Regionais de Nutrição, ente 1976 e 1984. O quarto e último período, ocorrido entre 1985 e 2000, corresponde ao crescente processo de mobilização e potencialização da categoria.
Além da regulamentação em 1967, a Lei 8.234, de 17/09/1991, contribui para organizar ainda mais o exercício da categoria. É que ela estabelece não somente o campo de atuação do nutricionista como também o das atividades privativas deste profissional e os instrumentos legais para sua identificação, reforçando o papel dos Conselhos como órgãos fiscalizadores do exercício legal da profissão.
Programa do MTE pela boa alimentação - Sentindo a preocupação por uma alimentação saudável no ambiente de trabalho, o MTE criou o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). O PAT visa estimular empresas a adotar um processo educativo de alimentação saudável no ambiente de trabalho, proporcionando bem-estar, qualidade de vida e produtividade aos trabalhadores.
Destina-se a empregados, empresas de todos os setores e atividades, empresas fornecedoras de serviços de alimentação coletiva, restaurantes e profissionais nutricionistas.É uma parceria entre Governo, empresa e trabalhador.
A empresa que adere deve se comprometer a seguir as exigências e proporcionar educação alimentar e nutricional aos trabalhadores beneficiados. É uma ação voluntária, mas oferece benefícios a quem adere. Para as empresas, contribui no aumento da produtividade, redução de atrasos, faltas e rotatividade, isenção de encargos sociais sobre o valor da alimentação fornecida e dedução de até quatro por cento no imposto de renda devido.
Alimentação saudável - Para a consultora técnica da Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Mariana Carvalho Pinheiro, uma alimentação saudável é aquela que atende às necessidades nutricionais e as características de cada fase do curso da vida. Além disso, é acessível física e financeiramente a todos, é variada, colorida e segura, do ponto de vista sanitário.
Partindo desses pressupostos, o Guia Alimentar para a População Brasileira traz diretrizes (e não prescrições) para serem seguidas, possibilitando que as pessoas dêem preferência aos alimentos mais nutritivos em quantidades suficientes de maneira a promover a saúde e prevenir doenças. Confira na tabela abaixo.
De acordo com o Guia, uma pessoa saudável deve ingerir 2 mil calorias por dia. Se ela estiver de dieta, doente ou praticando atividades físicas, esse valor pode mudar, então é preciso consultar um nutricionista particular para fazer o cálculo individual.
Dicas para uma boa alimentação | |
1. | Faça pelo menos 3 refeições (café da manhã, almoço e jantar) e 2 lanches saudáveis por dia. Não pule as refeições. |
2. | Inclua diariamente 6 porções do grupo dos cereais (arroz, milho, trigo pães e massas), tubérculos como as batatas e raízes como a mandioca/macaxeira/aipim nas refeições. Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos na sua forma mais natural. |
3. | Coma diariamente pelo menos 3 porções de legumes e verduras como parte das refeições e 3 porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches. |
4. | Coma feijão com arroz todos os dias ou , pelo menos, 5 vezes por semana. Esse prato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e bom para a saúde. |
5. | Consuma diariamente 3 porções de leite e derivados e 1 porção de carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes da preparação torna esses alimentos mais saudáveis! |
6. | Consuma, no máximo, 1 porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou margarina. Fique atento aos rótulos dos alimentos e escolha aqueles com menores quantidades de gorduras trans. |
7. | Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas doces e outras guloseimas como regra da alimentação. |
8. | Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa. Evite consumir alimentos industrializados com muito sal (sódio) como hambúrguer, charque, salsicha, lingüiça, presunto, molhos e temperos prontos. |
9. | Beba pelo menos 2 litros (6 a 8 copos) de água por dia. Dê preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições. |
10. | Torne sua vida mais saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo. Mantenha o peso dentro de limites saudáveis. |
As recomendações quanto às porções dos grupos de alimentos estão presentes no Guia Alimentar para a População Brasileira.
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