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Conselho Curador do FGTS amplia orçamento do Pró-Moradia para R$ 2 bi em 2008

Estimativa de arrecadação líquida do Fundo este ano passou de R$ 2,7 bi para R$ 6,7 bi por conta do aumento de trabalhadores com carteira assinada no país

Brasília, 26/08/2008 - Em reunião nesta tarde (26), o Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço revisou a estimativa de arrecadação líquida do FGTS de R$ 2,7 bilhões para R$ 6,7 bilhões em 2008. O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, presidente do Conselho, disse esperar que este valor seja ainda maior ao final do ano, superando em até três vezes o arrecadado em 2007. 

"Certamente a arrecadação do Fundo vai bater recordes e eu não duvido que chegue a R$ 8 bilhões. E esse aumento está diretamente relacionado à maior formalização de trabalhadores em todo país. Há uma previsão de fecharmos o ano com dois milhões de empregos criados, com isso há um acompanhamento da arrecadação do FGTS", disse o ministro

O Fundo, que completa em setembro 42 anos, tem sido nos últimos anos o principal agente financiador das políticas de habitação e saneamento. Esse fato possui grande repercussão no desenvolvimento social do Brasil. Por isso, o Conselho Curador aprovou ampliação em mais de R$ 500 milhões para o Programa de Atendimento Habitacional Através do Poder Público, o Pró-Moradia, que passa a ter valor de R$ 2 bilhões para 2008.

No caso dos programas de habitação destinados a pessoas físicas e jurídicas, houve aumento de mais de R$ 1,5 bilhão, fechando em total de R$ 8,45 bilhões. Serão destinados 50% dos recursos alocados a favor da área de Habitação Popular para operações de crédito que tenham por objetivo a produção ou aquisição de imóveis novos.

No caso dos empréstimos para investimentos no setor de saneamento básico, houve aporte de R$ 1,350 bi, passando para total de quase R$ 6 bilhões este ano.

Com estes acréscimos de recursos, o orçamento do FGTS para investimentos em 2008 passa a ser de R$ 21,9 bilhões.

Foi aprovado também a liberação de R$ 6 bilhões em títulos CVS, papéis lastreados em resíduos de financiamentos habitacionais da década de 80, que estavam em patrimônio do FGTS. Esses títulos serão vendidos para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) via Caixa Econômica Federal, que é o banco operador dos recursos do Fundo.

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