RAIS2007 registra 1.345 engenheiros florestais em todo o país, com média salarial de R$ 4.452,64
Brasília, 10/07/2009 - Cabe ao engenheiro florestal planejar e executar projetos de florestamento e reflorestamento, avaliar e analisar impactos ambientais decorrentes da intervenção de empreendimentos humanos nos ecossistemas naturais e traçar estratégias e ações para a sua preservação, conservação e recuperação, profissional que, neste domingo (12), comemora seu dia. Além disso, atua nos processos de industrialização, de obtenção de produtos e subprodutos florestais e na participação das diretrizes políticas do setor de meio ambiente.
A data foi escolhida em homenagem a São João Gualberto que, de acordo com a tradição da Igreja Católica, também se dedicou ao cultivo de bosques florestais. Seu lema era "conservar e saber usar".
Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) 2007, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 1.345 engenheiros florestais estão empregados formalmente na profissão em todo o país, com média salarial de R$ 4.452,64. O estado de São Paulo conta com o maior número de profissional (243), seguido pelo Paraná (235) e depois pelo Pará (127).
Quanto à remuneração, no estado de Sergipe existe somente um profissional empregado, obtendo remuneração de R$ 22.327,23 mensais. O estado de Goiás vem em seguida, com a segunda maior média salarial do país, de R$ 6.846,90; depois o Amazonas com R$ 6.135,06; e em quarto lugar Rondônia, com R$ 5.543,98.
Segundo o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Engenharia (Confea), existem 7.865 engenheiros florestais registrados no órgão.
A profissão - A Engenharia Florestal está orientada à administração e manejo dos recursos florestais, baseados nos conhecimentos fornecidos pela ciência florestal. O engenheiro florestal maneja e administra as áreas florestais visando a proteção ecológica, a obtenção de produtos florestais (madeira, essências, carvão, látex, resinas, caça, frutos, etc.), a recreação e lazer, ou ainda a obtenção de todos esses benefícios simultaneamente.
Área de atuação - A crescente importância que as florestas assumem no cenário não só da economia, mas especialmente do meio ambiente, cria expectativa na expansão do mercado de trabalho. Engenharia Florestal faz interface com diversas áreas como biologia, botânica, solos, ecologia, política, administração, economia e outras Engenharias. Empresas e indústrias florestais, bem como órgãos florestais, ambientais e de fiscalização do governo (União, Estados e Municípios) são os principais empregadores.
Formação - O aluno cursa disciplinas básicas nas áreas de Biologia, Matemática, Física, Química e Informática, disciplinas intermediárias nas áreas de Ecologia, Botânica, Fitopatologia, Meteorologia, Mecânica e Solos, além das profissionalizantes voltadas para as áreas de conservação da Natureza, Silvicultura, Manejo, Economia, Proteção Florestal, Colheita, Transporte e Tecnologia de produtos florestais. A maioria dos cursos superiores exigem um total de 260 créditos, com duração média de 5 anos, incluindo estágio supervisionado e apresentação de um trabalho de pesquisa orientado por um professor.
Histórico - A engenharia florestal é uma das profissões mais antigas de nível superior do mundo. O primeiro curso surgiu há mais de 200 anos, na Alemanha. No Brasil, foi proposto por D.Pedro II em 1875, sendo viabilizado em 1960 com a criação do primeiro curso de engenharia florestal, em Viçosa (MG).
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