Na pelada do fim de semana, aproveite pra cumprimentar o colega que está no gol. Segunda dados da última Rais, o país possui apenas 73 mulheres atuando com carteira assinada contra 5.509 homens
Brasília, 26/04/2009 - Idolatrados a cada defesa e malditos a cada falha. É, a vida de goleiro não é fácil. Em uma mesma partida o detentor da camisa 1 pode passar da posição de herói a "frangueiro" em questão de minutos. Ou segundos! Se já não bastasse vivenciar a glória mais passageira que existe, ainda recaí sobre ele a fama de estragar a festa do torcedor, afinal, é função do goleiro impedir o que todos mais querem ver: o gol. Com tantos "patrões" exigentes nada mais justo do que homenagearmos esse profissional em uma data especial.
A ideia de criar o Dia do Goleiro partiu dos professores da Escola de Educação Física do Exército do Rio de Janeiro, tenente Raul Carlesso e capitão Reginaldo Pontes Bielinski. Aos que não se recordam, Carlesso foi um dos pioneiros no desenvolvimento de um trabalho de preparação de goleiros no Brasil, tendo sido o primeiro preparador de goleiros a atuar na Comissão Técnica da Seleção Brasileira em uma Copa do Mundo (durante o Mundial da Alemanha, em 1974). Foi após constatar o sucesso do novo método que se consolidou o projeto da homenagem.
Em um primeiro momento a celebração aos arqueiros aconteceu no Rio de Janeiro em 14 de abril de 1975. Mas a data não durou muito tempo e no ano seguinte o dia 26 de abril já se perpetuava como o dia oficial desta comemoração. Mas por que 26? Fácil, por se tratar da data de nascimento do goleiro Haílton Corrêa Arruda, ou simplesmente Manga que na época era o campeão brasileiro de futebol pelo time do Internacional.
Rais - Atualmente o Brasil possui mais de 5 mil goleiros em atividade que trabalham com carteira assinada. Os números são do último levantamento da Relação Anual de Informações Sociais (Rais-2007), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que mostra ainda a forte predominância masculina nessa profissão: apenas 73 mulheres contra 5.509 homens.
Dentre as unidades da federação, São Paulo é a responsável pela maior concentração de arqueiros: 1.725. Essa vantagem continua, inclusive, na divisão por gênero, visto que o estado abriga o maior número de mulheres (15) e de homens em atividade (1.710). Em termos nacionais São Paulo é seguido pelo Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, com 799 e 623 profissionais respectivamente.
Porém, a profissão de goleiro possui uma particularidade. Assim como ocorre em outras áreas desportivas, o número de atletas contratados com carteira assinada vai diminuindo conforme aumenta a idade. Assim, o país possui 4.145 jovens entre 16 a 24 anos; 928 entre 25 a 29; 427 entre 30 a 39; 53 entre 40 a 49; 28 entre 50 a 64 e 1 na faixa etária de 65 ou mais (esse registrado no estado de São Paulo).
Manga - Defensor de grandes times como o Botafogo (RJ), Internacional (RS), Grêmio (RS), Sport (PE), Operário (MS), Curitiba, Nacional (Uruguai) e Barcelona (Equador), é o jogador brasileiro que mais participou da Copa Libertadores.
Personagem marcante do futebol brasileiro, Manga defendeu a camisa do Botafogo por 10 anos. Nessa época costumava dizer que gastava antecipadamente o valor da premiação pela vitória quando o rival era o flamengo, tamanha era a certeza que tinha de sucesso contra o oponente.
Outra característica marcante desse goleiro era a ausência de beleza. Tanto que se aproveitando dessa fama estrelou, em 1979, um comercial para um rádio da Philco, o qual tinha o slogan "Dura tanto quanto o Manga e é muito mais bonito".
Profissão goleiro: Embora o Brasil tenha o futebol como paixão nacional, muitos são os esportes que contam com os arqueiros para defender o seu gol: handball, hóquei (tanto sobre patins, no gelo ou na grama), pólo aquático, entre outros.
Sempre a última barreira a ser vencida pelo adversário, esse profissional se destaca do resto do time por utilizar uniforme diferenciado e por não ter companheiro que divida com ele mesma função em campo.
Sinônimos - O único jogador em campo que pode pegar a bola com as mãos (mesmo que dentro da pequena área) recebe vários nomes pelo Dicionário Aurélio: arqueiro, guarda-meta, guarda-rede, guarda-redes, guarda-vala, guarda-valas, guardião, golquíper, quíper e vigia. Popularmente o goleiro é conhecido como anti-herói (por evitar o mais almejado durante a partida, que é o gol).
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