Decisão foi tomada hoje pelo Conselho Curador do FGTS que também ampliou o valor do financiamento de imóveis nas capitais e regiões metropolitanas
Brasília, 01/08/2007 - O Conselho Curador do FGTS aprovou hoje uma medida inédita, reduzindo em 0.5% a taxa de juros para tomadores de empréstimos com recursos do Fundo para aqueles que detêm conta vinculada. "Está é a primeira vez que o trabalhador titular de conta no FGTS recebe um tratamento diferenciado na questão da casa própria. O Fundo existe graças a contribuição do trabalhador, e por isso temos obrigação de privilegiá-lo", afirmou o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, presidente do Conselho.
Hoje quem pega empréstimos do FGTS paga uma taxa de 6% a.a. mais a Taxa Referencial (TR), acrescidos dos custos bancários. A redução dos juros, segundo Lupi, além de demonstrar o esforço do Governo no sentido de amparar o trabalhador na compra da casa própria, mostra ainda confiança do Fundo no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Outra medida importante do Conselho foi a ampliação da faixa de renda bruta familiar para financiamentos nas capitais e regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Região Integrada do Distrito Federal e Entorno (RIDE) e demais capitais das regiões Sul e Sudeste, que subiu de R$ 3,9 mil para R$ 4,9 mil.
O valor dos imóveis financiados pelo FGTS também foi aumentado. Nas capitais e regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal, o valor do imóvel a ser financiado passou de R$ 100 mil para R$ 130 mil. Nas demais capitais da Região Sul e Sudeste e nos municípios da RIDE, o valor passou de R$ 80 mil para R$ 100 mil. No resto do país, onde o valor era de R$ 72 mil, o Conselho decidiu aumentar para R$ 80 mil, sendo que a renda familiar bruta continua em R$ 3,9 mil.
Com essa decisão, o Conselho amplia o número de pessoas que podem se beneficiar com o empréstimo. "Este mais um passo do Conselho no sentido de beneficiar os trabalhadores", explica o ministro.
De acordo com o secretário-executivo do FGTS, Paulo Furtado, serão cerca de 80 mil beneficiados com a medida. "Dados do ministério das Cidades e da Caixa mostram que 23% dos tomadores de empréstimos têm conta vinculada do FGTS. No ano passado foram 360 mil pessoas que obtiveram empréstimos com recursos do Fundo", avalia.
Em maio desse ano, o Conselho Curador do FGTS já havia aprovado a redução da taxa de juros de 8% para 6,5%, ao ano para quem ganha entre R$ 3,9 mil e R$ 4,9 mil e se enquadrava nas chamadas Operações Especiais, destinadas à classe média.
"A queda na taxa de juros é embasada por estudos técnicos que demonstram ganhos de eficiência na gestão e permitem o corte sem que haja prejuízo para o patrimônio do FGTS", garante Furtado.
Além disso, lembra Furtado, as medidas visam acelerar a aplicação dos chamados recursos onerosos, aqueles que retornam com juros para o FGTS. "Vamos aplicar R$ 6,8 bilhões este ano em habitação. A redução na taxa de juros e o aumento das faixas de renda e do valor dos imóveis têm a finalidade de facilitar a aplicação dos recursos. Essa redução vai ter impactos diretos no crescimento das operações", finalizou.
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