De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais de 2007 (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego, havia 599 profissionais registrados formalmente no mercado de trabalho
Brasília, 04/12/2008 - Os pés são a base do nosso corpo, sustentam-nos e nos possibilitam andar, movimentar-se. Por isso, hoje merecem atenção especial não os pés, mas os profissionais que trabalham, que cuidam dele. Embora grande parte dos pedicuros trabalhe como autônomo - sem registro em carteira - existem, segundo a Relação Anual de Informações Sociais de 2007 (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 599 profissionais registrados formalmente no mercado de trabalho, sendo a maior parte delas do sexo feminino, na faixa etária de 37 anos.
A profissão é reconhecida como pedicure, calista ou pedicuro pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), do MTE, sob o código 5161-40 e, apesar de existir dois projetos de lei em tramitação, ainda não existe uma lei ou decreto que regulamente o exercício da profissão. É um caso típico onde o exercício e a prática acabam formando o profissional e como o mercado de trabalho de pedicure é exclusivamente do setor privado, é importante que os profissionais se qualifiquem e usem isso como diferencial para atrair mais clientes.
O pedicuro, ao contrário do podólogo, que faz análise profunda e clínica dos pés, cuida mais da parte visual. Segundo o Dicionário Aurélio, o pedicuro é aquele que se dedica aos cuidados ou embelezamento dos pés, tratando, aparando, polindo e esmaltando as unhas. É importante, todavia, que esse profissional respeite os critérios de higiene, esterilizando os objetos para evitar a transmissão de doenças e conservá-los em condições de uso.
Cipriana Rodrigues da Rocha, 28, trabalha há quase quatro em salões de beleza como pedicure e diz que começou por acaso. "Trabalhava com recepcionista em um salão, um dia estava lotado e o dono perguntou quem fazia a minha unha, ao responder que era eu, ele me chamou para fazer um teste. Desde então, não faltam clientes". Cipriana, como a maior parte das pedicures, não tem carteira assinada, mas sonha em ter. "Infelizmente, a maioria dos salões paga apenas comissão, completa.
Mesmo sem registro em carteira, o faturamento de Cipriana está um pouco acima da média registrada pela Rais (R$ 579,29). "Em época de final de ano minha comissão praticamente triplica", diz. Ainda de acordo com a Rais a idade média de um pedicuro é de 37 anos.
Todavia, Cipriana não dispõe de benefícios como Fundos de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS), Seguro-Desemprego (SD), férias e 13º salário, garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como Jailda Oliveira Santos que trabalha em salão renomado em Brasília. "Trabalho aqui há dez anos e sempre tive carteira assinada", diz. Jailda recebe salário estabelecido pela categoria somado à comissão de 35% sobre o número de clientes que atender.
Jailda diz que o sucesso na profissão é garantido pela realização de um trabalho correto, com rigorosidade quanto aos horários e com muito amor, sobretudo. "Primeiro você tem que gostar daquilo que faz, tem que ser higiene, ser dinâmica e perseverante. Nem sempre ser comunicativa, pois tem cliente que não gosta de conversar. Considero-me uma profissional de sucesso", completa.
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