Dados do Ministério do Trabalho e Emprego revelam que, em 2006, havia mais de 21.700 trabalhadores exercendo esta profissão
Brasília, 05/09/2008 - Cabelo, cabeleira, cabeluda, descabelada. Quem não se lembra desses versos que se tornaram memoráveis na voz de Gal Costa? Os cabeleireiros definitivamente devem recordar e saber distinguir bem cada um deles, pois são seu meio de subsistência. Hoje, comemora-se o dia desses profissionais que, de acordo com a Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego, somavam 21.791 mil trabalhadores em 2006. Destes, 5.389 eram homens e 16.402 mulheres.
Apesar de muitos cabeleireiros não terem carteira assinada, a profissão é reconhecida e existe na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), do MTE, desde 1982, sob o código 5161-10. A Classificação engloba, na mesma categoria, ajudantes e auxiliares, cabeleireiros escovistas, penteadores e tinturistas. E entre as competências pessoais, aponta a participação em cursos, palestras e treinamentos, abordagem correta do cliente (Técnica de visagismo), demonstração de noções de etiqueta social e de trabalho em equipe.
Mexer com beleza é trabalho deles e não é uma tarefa nada simples, pois o aspecto físico pode influenciar diretamente o psicológico humano. Um estudo global realizado por uma marca de cosméticos em seis países (Tailândia, Índia, Brasil, Estados Unidos, Rússia e México) revelou que o estado do cabelo pode interferir nas ações femininas. As entrevistas foram realizadas com 500 mulheres, de 20 a 30 anos, entre agosto e setembro de 2007, e constatou que nove entre 10 garotas no mundo ficam mais confiantes quando sentem que seus cabelos estão bonitos.
No Brasil, 42% das entrevistadas afirmaram ter ficado um dia inteiro em casa porque estavam insatisfeitas com suas madeixas, sendo que 33% delas até cancelaram um encontro pelo mesmo motivo. Além disso, mais de 80% admitem ter julgado alguém pelo aspecto dos cabelos e 70% acreditam que ele tem o poder de refletir a personalidade de cada um.
Diante dessas estatísticas, o Ministério do Trabalho e Emprego vem reforçar a importância desse profissional que tem literalmente nas mãos a responsabilidade de cuidar não só da aparência, mas também da mente de seus clientes. De cabelos curtos, arrojados e desfiados a penteados de festa são os cabeleireiros que se encarregam de deixar a auto-estima feminina e a masculina mais elevada.
Profissionais renomados- Homens e mulheres abandonaram o look neanderthal e fazem parte agora de uma civilização onde escova progressiva, mega hair e metrosexual são palavras ditas e utilizadas corriqueiramente, em especial no meio artístico e da moda. E para cuidar das celebridades ou daqueles que não se importam em pagar um pouco mais por um serviço de qualidade, despontam nomes como Wanderley Nunes, Marco Antônio de Biaggi, Celso Kamura, Mauro Freire e Marcos Proença. Mas estes são só alguns exemplos dos milhares de excelentes profissionais que o Brasil possui e exporta.
Riscos à Saúde - Procurar por estabelecimentos regularizados e por profissionais qualificados é uma recomendação a ser seguida, visto que são mais propensos a atender as normas de segurança pública. Vale lembrar o caso divulgado pela imprensa, em março de 2007, de Maria Ení da Silva, uma goiana de 33 anos, que teria passado mal e morrido após se submeter a uma escova progressiva. O tratamento teria sido feito por meio da aplicação de uma mistura de cremes e formol, substância proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em alisamentos capilares.
Curiosidade - Uma expressão inglesa que faz alusão ao cabelo se tornou popular no exterior, é a Bad hair day que na tradução literal significa dia de cabelo ruim, mas que também pode expressar ter um dia difícil, daqueles em que tudo parece dar errado. Sua raiz vem dos dias em que, não importa o que se faça, é impossível arrumar as madeixas.
Assessoria de Imprensa do MTE
(61) 3317 - 6537/2430 - acs@mte.gov.br