Resultados levantados mostram que o Paraná tem abrigado, cada vez mais, Empreendimentos de Economia Solidária (EES). De acordo com o Atlas, de 2006 para 2007, houve um aumento de 158 negócios
Curitiba, 26/10/2007 - Será lançado em Curitiba, na próxima quarta-feira (31), o Atlas de Mapeamento da Economia Solidária no Paraná. O evento acontecerá no Plenarinho da Assembléia Legislativa, às 9h, e contará com a presença do delegado regional do Trabalho, Sérgio Silveira de Barros.
O Atlas é resultado de uma pesquisa realizada através de convênio entre a Instituição de Filosofia da Libertação (Ifil) com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A Delegacia Regional do Trabalho (DRT/PR) teve o papel de acompanhar e validar as informações angariadas na pesquisa, juntamente com a equipe gestora estadual.
O mapeamento, que teve início em 2005, foi complementado entre março e julho de 2007. Os resultados levantados mostram que o Paraná tem abrigado, cada vez mais, Empreendimentos de Economia Solidária (EES). De acordo com o Atlas, de 2006 para 2007, houve um aumento de 158 negócios. Atualmente, o Estado possui 808 empreendimentos e 69 entidades de apoio e fomento espalhados por 142 municípios. Vale destacar que no Paraná também foram localizadas comunidades quilombolas, quatro ao todo.
Curitiba e Região Metropolitana englobam os municípios que mais possuem Economia Solidária, com 325 empreendimentos em 26 cidades. Em segundo lugar, fica o Norte central, com 108 EES em 13 municípios e, em terceiro, o Sudoeste, com 126 EES para 22 municípios.
Segundo o Atlas, o mercado local comunitário é o principal ponto de comercialização do material produzido por 471 negócios. O mercado municipal é utilizado por 147, o microrregional em 58, estadual em 20, nacional em 12 e internacional em seis que afirmam exportar produto para outros países. No entanto, 54% dos empreendimentos ainda apresentam dificuldades para comercializar o material produzido.
Do total de empreendimentos existentes no Paraná, 223 são constituídos apenas por mulheres, 51 por homens e os demais são mistos - ou seja, geridos por homens e mulheres. As atividades em que as mulheres mais se inserem são confecção e alimentação. "O mapeamento da Economia Solidária, ao indicar onde há este tipo de iniciativa, o perfil do empreendimento e a natureza da atividade, possibilita a propensão de políticas públicas apropriadas", destaca a chefe do Setor de Qualidade e Gestão de Programas (SQGEP) da DRT/PR, Leila Raboni, dizendo ainda que ficará mais fácil fomentar atividades vocacionais de certas regiões.
A Economia Solidária, que democratiza o trabalho e gera atividades emancipadas, vem recebendo um crescente incentivo desde 2003 - quando foi criada a Secretaria Nacional de Economia Solidária. "Desde então, os órgãos nacionais e estaduais responsáveis tem trabalhado para o fortalecimento e autonomia dos empreendimentos", afirma Raboni.
Fazem parte da equipe gestora estadual a Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social (SETP/PR), Agência de Desenvolvimento Solidário da Central Única dos Trabalhadores (ADS/CUT), Cooperativa de Produtores Rurais e Artesãos de Mandirituba (Coopermandi), Cooperbotões, Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP/PR) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), além da DRT/PR.
1ª Feira de Economia Solidária - De 13 a 15 de dezembro, acontecerá a 1ª Feira de Economia Solidária do Paraná. A cidade escolhida para sediar o evento foi São José dos Pinhais, no Ginásio de Esportes Ney Braga. Participarão da feira artesãos, agricultores, camponeses e demais trabalhadores paranaenses envolvidos com a Economia Solidária. Os produtos serão expostos em, aproximadamente, 150 estandes. O processo de organização da feira vem congregando novos atores, entre empreendimentos, entidades de apoio e gestores, como SETP/PR, DRT/PR e, inclusive, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Assessoria de imprensa da DRT/PR
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