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Caged de janeiro mostra início da recuperação do emprego no Brasil

Construção Civil e Serviços mostram recuperação. Indústria de Transformação e Comércio puxam índice para baixo

Foto: Renato Alves

Ministro Carlos Lupi durante divulgaçao do caged de janeiro de 2009.

Coletiva sobre Caged de Janeiro 2009

 

Brasília, 19/02/2009 - Em janeiro de 2009, de acordo com o CAGED, o nível de emprego apresentou uma queda de 0,32% em relação ao estoque do mês anterior, significando uma perda de 101.748 empregos. O total de admissões em janeiro de 2009 (1.216.550) foi o segundo maior da série histórica do CAGED para o período, menor apenas que janeiro de 2008 (1.308.922). A taxa de crescimento do total de desligamentos (13,06%) ficou ligeiramente acima da ocorrida no mesmo período de 2008 (12,27%). Nos últimos 12 meses, foram gerados 1.207.535 novos empregos (+3,94%). Entre 2003 e 2008 foram criados 7.619.224 postos de trabalho.

Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, o crescimento do número de contratações mostra que a crise está passando. "Este dado mostra o início da reversão do quadro. O saldo de empregos em janeiro ainda foi negativo, e isso não é bom, mas o mercado de trabalho dá sinais inequívocos de que há recuperação: tivemos o segundo melhor janeiro em número de contratações, tivemos quatro setores da economia com saldo positivo e em oito estados houve mais contratações do que demissões", avaliou Lupi.

De acordo com o ministro, a abertura de novas linhas de financiamento e a consequente retomada do crédito contribuiu para o crescimento de setores como a Construção Civil e Serviços. "Estou falando há quatro meses que reagiremos em março, quando mudaremos a curva e voltaremos a ter saldo positivo de empregos. Em dezembro tivemos 887.229 contratações. Em janeiro, 1.216.550. Este o segundo melhor índice de contratações desde o inicio da série histórica do Caged. Nenhum país em crise consegue ter um número tão grande de contratações, como o Brasil", afirmou.

No primeiro mês de 2009, os setores da Construção Civil, Serviços, Administração Pública e Serviços Industriais de Utilidade Pública apresentaram desempenho positivo. Na Construção Civil foram gerados 11.324 novos empregos, expansão de 0,59%, maior taxa de crescimento entre os subsetores e saldo bem próximo do ocorrido em janeiro de 2007 (11.708 postos). O setor de Serviços teve acréscimo de 2.452 empregos, crescimento de +0,02%. O número é resultado da elevação de três dos seis segmentos que compõem o setor: Serviços de Alojamento e Alimentação (+10.662 postos; +0,23%), Serviços Médicos Odontológicos (+6.475 postos; +0,50% - geração recorde da série do CAGED) e Serviços de Comércio e Administração de Imóveis e Serviços Técnicos Profissionais (+229 postos; +0,01%).

Os setores que mais contribuíram para a queda do emprego em janeiro foram a Indústria de Transformação (-55.130; -0,75%) e o Comércio (-50.781; -0,72%), que somam 105.911 empregos a menos - acima do saldo de empregos desativados no país (-101.748 postos). O desempenho negativo da Indústria de Transformação decorreu do declínio de 10 ramos, com destaque para Metalurgia (-12.028 postos ou -1,60%), Material de Transportes (-11.732 postos ou -2,30%) e Produtos Alimentícios (-8.794 ou -0,49%). O comportamento negativo do Comércio decorre em função do fim dos contratos temporários firmados para reforçar as vendas de fim de ano.

Nível geográfico - Segundo o recorte geográfico do CAGED houve redução no nível de emprego nas regiões Sudeste (-85.739 postos), Nordeste (-24.323 postos) e Norte (-9.569 postos) e elevação no Sul (+10.797 postos) e Centro-Oeste (+7.086 postos). Com relação às Unidades da Federação, os destaques positivos ocorreram nos estados de Santa Catarina (+6.407 postos; +0,41%), Mato Grosso (+3.324 postos; +0,70%) e Rio Grande do Sul (+2.798 postos; +0,13%).

Os estados de São Paulo (-38.676 postos; -0,37%), Minas Gerais (-26.800; -0,78%), Rio de Janeiro (-16.538 postos; -0,52%), Pernambuco (-7.972 postos; -0,83%) e Ceará (-861 postos; -0,82%) foram os que mais reduziram o seu contingente de trabalhadores formais celetistas.

O conjunto das nove principais áreas metropolitanas registrou recuo de 0,32%, perda de 42.935 postos de trabalho. Dentre as Regiões Metropolitanas, Curitiba se destacou com a geração de 504 postos (+0,06%). São Paulo (-15.627; -0,28%) e Rio de Janeiro (-12.811; -0,53%) revelaram as maiores quedas no número de empregos.

 

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