Depois das ações de qualificação, 41,85% dos jovens da capital e região metropolitana catarinense conseguiram emprego
Brasília, 02/04/2008 - Recorde atrás de recorde, a geração de empregos formais no Brasil vem superando todas as expectativas. Depois do melhor ano em 2007 - quando foram criados 1,6 milhão de novos postos com carteira assinada - o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho e Emprego segue apresentando índices históricos em 2008 (204.963 empregos foram gerados apenas no mês de fevereiro). Nesta terça-feira (01), informações referentes ao Consórcio Social da Juventude de Florianópolis (CSJ) reforçam os dados. Em 2007, 41,85% dos jovens qualificados pela ação do Ministério do Trabalho e Emprego na Grande Florianópolis e Região Metropolitana foram inseridos no mercado de trabalho, índice superior à meta de inserção que é de 30%.
Cumprindo com o objetivo de criar mais e melhores oportunidades de trabalho, emprego e renda para jovens em situação de vulnerabilidade, seja por segmentação social, racial, por deficiências ou dívidas com a justiça, o Consórcio Social da Juventude de Florianópolis se destacou e qualificou 958 jovens, com maior concentração entre 16 e 19 anos. Destes, 400 foram inseridos no mundo do trabalho, sendo 309 (77,25%) em emprego formal; 28 (7%) aprendizes; 43 (10,75%) contratados sob formas alternativas geradoras de Renda (Cooperativas) e; 20 (5%) estagiários.
Para a prof. Dra. Nadir Esperança Azibeiro, Coordenadora Pedagógica do Centro Cultural Escrava Anastácia (CCEA) - parceiro do MTE na qualificação -, o projeto é de vital importância por tratar diretamente com as comunidades de periferia. "Além de oportunizar a formação de jovens dessas comunidades, possibilita-lhes, pelo fato de perceberem o benefício (bolsas), contribuir com o sustento de sua casa, evitando assim que por necessidade venham sair do caminho da família e do trabalho e entrar na violência", explica.
Entre os inscritos no CSJ de Florianópolis, vale ressaltar que houve ligeira predominância de jovens do sexo feminino com participação de 53,96% desse gênero e 46,03% do sexo masculino.
A escolaridade também foi averiguada e constatou-se que 44,98% dos jovens freqüentavam o ensino fundamental e 48,95% o ensino médio. Do total de participantes, 18 eram portadores de deficiência e 39 estavam em conflito com a lei.
Ainda de acordo com a Coordenadora do CCEA, o projeto auxilia o jovem a decidir qual caminho profissional trilhar. "Este projeto também oferece condições para que os cursos possam ser desenvolvidos com qualidade, fortalecendo assim a aproximação de jovens das periferias com sua opção profissional.
O CSJ de Florianópolis, denominado de "Aroeira", foi celebrado com o CCEA da Capela Nossa Senhora do Mont Serrat, que atuou na condição de Entidade Âncora do Consórcio e, por meio de uma rede de sete institutos executores, pôde qualificar profissionalmente os adolescentes, em áreas de atendimento ao cliente; comércio varejista; técnicas avançadas de vendas; frentista; artesanato - corte e costura e bijuterias; panificação; auxiliar de instrutor de surf; agente de turismo ecológico e educação ambiental; soluções em informática; marcenaria e montagem de móveis; comunicação visual - estamparia e serigrafia; estética afro; e agente de desenvolvimento comunitário.
História do projeto - Firmado em dezembro de 2006, o convênio foi instituído para gerar possibilidade de participação de jovens das comunidades de periferias no ambiente de trabalho, como também dar continuidade ao processo iniciado no Aroeira 1, que teve grande procura pelo público.
Munidos da vontade de levar o projeto adiante, a então Delegacia Regional do Trabalho de Santa Catarina - hoje Superintendência Regional do Trabalho e Emprego -, articulou entidades da sociedade civil e, de acordo com informações do próprio Centro, a partir das orientações do Ministério do Trabalho e Emprego, desenvolveu ações necessárias que levaram a definição do Centro Cultural Escrava Anastácia.
Frutos dos projetos - Por meio da experiência do Consórcio Social da Juventude de Florianópolis, outros projetos foram criados como o da Incubadora Popular de Cooperativas (IPC) inspirado nas inúmeras tentativas de constituição de cooperativas populares já experimentadas nas periferias da Grande Florianópolis.
A possibilidade da constituição de uma incubadora de cooperativas pode vir a permitir à Aroeira atingir seus objetivos. A meta do projeto engloba não só ações voltadas à inserção dos jovens no mercado do trabalho, mas também relacionados à formação humana e cidadã dos envolvidos.
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