Números ficaram acima de 75% nos dois setores entre 2007 e 2009. Sazonalidade e tipos de contratos são os principais fatores da alta rotatividade nesses setores
Brasília, 17/12/2010 - O estudo "Movimentação Contratual no Mercado de Trabalho Formal e Rotatividade no Brasil" mostrou que a Construção Civil e a Agropecuária apresentaram as mais altas taxas de rotatividade entre os setores da economia brasileira no período de 2007 a 2009, ficando em 87,3% e 77,9%, respectivamente. Os dados foram apresentados nesta sexta-feira (17), pelo Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.
"Embora tenham um peso menor no total de vínculos trabalhistas, esses setores têm características específicas que levam a essa alta taxa de rotatividade.A Construção Civil tem os contratos temporais, por empreitada, que quando acaba a construção, acaba o contrato e o trabalhador vai para outra obra. Já o setor Agrícola tem o período de sazonalidade característico de cada cultivo", explica Lupi.
Os setores de Comércio e Serviços também tiveram taxas acima da média nacional - que ficou em 36% - registrando 41,4% e 38,3%, respectivamente. Esses setores têm ativa importância na taxa de rotatividade em função do volume de vínculos trabalhistas. A Indústria de Transformação apresenta taxas de rotatividade próximas à taxa nacional, ficando em torno de 36,6%. Os subsetores da Indústria de Calçados, Indústria de Produtos Alimentícios, Indústria da Borracha e Fumo e Indústria da Madeira e do Mobiliário registram as taxas mais elevadas do setor.
A Extrativa Mineral registrou uma taxa de rotatividade de 20,4% e os Serviços Industriais de Utilidade Pública de 14,9%. A menor taxa foi registrada na Administração Pública direta e autárquica, com 10,1%. "Isso mostra a estabilidade do setor. A maior parte desses desligamentos ocorre em empresas públicas, que podem demitir com mais facilidade", ressalta o ministro.
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