Estandes de artesanato de todas as regiões do país deram graça ao evento que discute a formulação de políticas públicas para a economia solidária
Foto: Renato Alves
Paulo Pinto discursa durante a II Conaes
Brasília, 18/06/2010 - Por trás dos debates e sugestões para a criação de políticas públicas, a II Conferência Nacional de Economia Solidária (II Conaes), realizada entre os dias 16 e 18 de junho, em Brasília, se destacaram as belezas e sabores trazidos por expositores de empreendimentos econômico-solidários de todas as regiões brasileiras.
São pessoas como o índio Francisco Kokama, do Amazonas, que há dois anos integra efetivamente o modelo econômico solidário, e expôs sua produção aos quase dois mil participantes da feira, que se reuniram para discutir e aprovar propostas de fomento ao setor.
"Na verdade a gente já praticava a economia solidária na nossa região sem saber, pois trocávamos produtos com as embarcações que passavam em frente à aldeia. Só que agora nós começamos a participar do Fórum Municipal de Economia Solidária, onde vários empreendimentos indígenas se uniram para mostrar os produtos", explica Kokama. O índio expôs sementes, peças de artesanato feitas com material reciclado, confeccionadas com penas e produtos feitos em marchetaria. "Essa é a arte de incrustar madeira sobre madeira. A gente faz peças de decoração coloridas sem usar nenhuma tinta".
Mas os produtos exclusivos não estão restritos aos estandes da Região Norte. Júlia Guedes, de Laguna (SC), faz questão de mostrar a todos os visitantes as bonecas de porcelana feitas em homenagem a Anita Garibaldi. "Ela é a nossa heroína e símbolo da nossa cidade. Então nós fizemos essas peças com escamas de peixe, cascas de marisco e conchas do mar. Tudo o que o mar coloca para fora a gente recicla e faz arte, como brincos, anéis e broches", conta.
Para o ministro interino do Trabalho e Emprego, Paulo Pinto, a economia solidária está aparecendo mais para o grande público. "E nós queremos que seja vista e reconhecida por todo mundo. A política de economia solidária é cada vez mais reconhecida", disse Paulo Pinto, durante visita à conferência.
Aproveitando o frio brasiliense como neste época do ano, expositores do sul apresentaram seus cachecóis, mantas e chocolate caseiro. Essas e outras delícias, como os clássicos biscoitos mineiros de polvilho, o mel do Centro-Oeste e outras comidas regionais ajudaram a saciar a vontade dos que buscavam os sabores do Brasil.
Os gostos e cores nacionais deram alegria ao corredor central da II Conaes. Estandes de todas as regiões encheram de graça e descontração o ambiente de debate das políticas públicas do setor, construídas no pavilhão de plenárias para fomentar e impulsionar a economia solidária no país.
"Espaços como esses são importantes, pois nos ajudam a divulgar e comercializar o nosso trabalho sem precisar de atravessador. Aqui posso mostrar a todos a renda-filé, que é um artesanato típico alagoano de vestuário e de decoração", comemorou Solange Almeida, da Associação de Mulheres Rendeiras da Ilha de Santa Rita do município de Marechal Deodoro (AL).
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