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Geração de emprego de janeiro a julho cresce em 13,38%

Brasília 22/08/07 - O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostra que de janeiro a julho houve geração de 1.222.495 postos de trabalho com carteira assinada no país - praticamente o mesmo número de vagas criadas em todo o ano de 2006 (1.228.686) e 13,38% maior do que o verificado nos primeiros sete meses do ano passado. Este é o segundo melhor resultado do período e por pouco não ultrapassa o recorde de 2004, quando o setor registrou uma ampliação de 1.236.689 postos no intervalo. O CAGED monitora o setor formal desde 1992.

Os setores que mais contribuíram para o resultado positivo no acumulado janeiro-julho foram os de Serviços (365.717 postos), Indústria de Transformação (328.505 postos), Agropecuária (246.423 postos), Comércio (124.972) e Construção Civil (116.467), que registrou crescimento recorde para o período. Em termos relativos, o maior aumento foi o da Agropecuária, com expansão de 17,10% desde janeiro, seguido pela Construção Civil, cujo estoque subiu 8,62% no mesmo intervalo.

Os estados que mais se destacaram sete primeiros meses do ano foram São Paulo (545.582 vagas), Minas Gerais (187.201) e Paraná (105.283). Dos 27 estados da federação, apenas três tiveram mais demissões que contratações: Paraíba (-912 postos), Pernambuco (-207) e Alagoas (-31.861).

Qualificação - O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, comemorou o bom resultado, mas afirmou que ainda é preciso explorar a deficiência de mão-de-obra qualificada em todos os estados. Lembrando que o Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda (SINE) conseguiu preencher no ano passado somente metade das 1,7 milhão de vagas ofertadas, Lupi anunciou que já está em estudo um plano para cruzar a oferta de postos com o planejamento dos programas de qualificação.

"Nossa idéia é qualificar com o emprego garantido, aumentando o aproveitamento dos nossos cursos de capacitação. Se continuarmos trabalhando focados na qualificação, teremos um 2008 ainda melhor", previu o ministro, acrescentando que também negocia parcerias para baratear aos desempregados o valor dos cursos do Sistema S, que reúne 11 organizações de treinamento profissional, entre elas o SESI, SENAI, SEBRAE e SENAC.

Julho - Somente no mês de julho foram gerados 126.992 empregos com carteira assinada, o que representou uma expansão de 0,44% no estoque de empregos do mês anterior. O resultado é menor que o ocorrido em julho de 2006 (154.357 postos), mas é o terceiro maior da série histórica do CAGED. Segundo Lupi, a desaceleração era esperada e se deve principalmente à antecipação da colheita de café e cana-de-açúcar no Centro-Sul, notadamente em Minas Gerais.

"Essa queda no ritmo de crescimento acontece todos os anos no segundo semestre, mas como o setor industrial está crescendo de forma consistente, continuo apostando que vamos fechar o ano com 1,6 milhão de postos e bater o recorde de 2004", afirmou o ministro. Naquele ano, o país registrou um aumento de 1,5 milhão de vagas no setor formal.

Todos os setores de atividade econômica apresentaram elevação no nível de emprego. O setor de Serviços foi o que registrou maior saldo de postos, com expansão de 38.154 vagas, seguido pela Indústria de Transformação (28.996 postos), Comércio (27.921 postos) e Construção Civil (18.896 postos).

Os dados do CAGED mostram também que a expansão do emprego foi generalizada em todas as regiões do país. Em valores absolutos, as que mais se destacaram no mês foram Sudeste (826.768 postos) e Sul (201.412).

 
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