Em agosto foram gerados 242.126 novos empregos no Brasil. Setor de Serviços é o que mais gera empregos e São Paulo é o estado que mais contrata. Construção Civil bate recorde
Foto: Renato Alves
Durante anúncio do Caged, ministro Carlos Lupi disse que emprego continuará crescendo
Brasília, 16/09/2009 - A geração de 242.126 empregos com carteira assinada em agosto é recorde da série histórica para o período e melhor resultado do ano. Em 2009 já foram criados 680.034 novos empregos. Com a expansão de 0,75% - em relação a julho - sobre o estoque de trabalhadores formais, o Brasil alcança a segunda maior marca da história, com 32.673.336 empregados celetistas e estatutários; número apenas 15.733 menor que o registrado em outubro de 2008, 32.689.069.
Confira aqui os dados completos do Caged.
"Em 2010 teremos o melhor ano do Governo Lula na Economia e na geração de empregos. O que garante o crescimento econômico é a massa salarial do trabalhador, que é o maior consumidor do país e faz o dinheiro circular. Por isso eu digo que, levando em conta os dados econômicos e o panorama que se apresenta, é possível que tenhamos recorde absoluto de empregos em 2010", prevê Lupi.
As medidas adotadas pelo governo surtem efeito na Construção Civil, onde foram criados 39.957 postos de trabalho, recorde para toda a série do Caged e maior taxa de crescimento entre todos os setores (1,96%). "Os setores da Construção Civil, Serviços e Comércio vão dar sustentabilidade para o crescimento. A indústria automobilística foi insensível durante o processo de crise e agora paga o preço pagando duas contas, uma para demitir e outra para recontratar", comentou o ministro.
Setores - Com 85.568 empregos gerados (0,66%), o setor de Serviços obteve o segundo maior saldo da série para o mês, decorrente da expansão de todos os segmentos que integram o setor, com destaque para os Serviços de Comércio e Administração de Imóveis (25.732), Serviços de Alojamentos e Alimentação (21.885) e Serviços de Ensino (19.156).
A Indústria de Transformação foi o segundo setor a gerar mais empregos, com incremento de 66.564 postos de trabalho (0,92%), segundo melhor desempenho da série histórica do Caged para o período e o melhor mês do ano. Os destaques são a Indústria de Produtos Alimentícios (22.614), Indústria Têxtil (9.238), Indústria de Calçados (8.974) e Indústria Metalúrgica (5.982), que apresentaram o segundo melhor desempenho para o período. As indústrias Química (5.866) e de Papel e Papelão (2.023) revelaram saldos recordes no período.
"Os empresários viram que a crise no Brasil não foi tão grande quanto pintaram, e agora estão recontratando trabalhadores para não perder espaço no mercado. As empresas que não demitiram agora estão em vantagem, e nós estamos desde o início do ano avisando que isso aconteceria. Demos isenção do IPI e mesmo assim a Indústria Automobilística demitiu seus trabalhadores; agora é preciso analisar o índice de contratações no setor para ver se são merecidos novos incentivos", afirmou Lupi.
O setor Comércio (56.813) obteve o melhor resultado da série histórica do Caged para o período, resultado da geração recorde do emprego do Comércio Varejista (47.282) e Atacadista (9.531). O único setor com saldo negativo foi a Agropecuária (-11.249), devido fatores sazonais relacionados à entressafra no Centro-Sul.
Recorte geográfico - O Caged de agosto aponta elevação expressiva do emprego nas cinco Regiões: Nordeste (65.751 postos ou 1,38%) e Norte (18.673 postos ou 1,41%), ambas com geração recorde para o período, Sudeste (106.085 postos ou 0,59%) e Sul (37.408 postos ou 0,63%), os segundos maiores saldos, e Centro-Oeste (14.209 postos ou 0,59%), o terceiro melhor desempenho histórico para o mês.
Em termos absolutos, os destaques por Unidade da Federação foram São Paulo (77.983), segundo maior saldo da série para o mês; Pernambuco (18.990), saldo recorde no período; Rio de Janeiro (15.841) e Paraná (14.437), ambos com o terceiro maior saldo; e Ceará (13.790), resultado recorde no período. Apresentaram também recordes para o mês os estados da Bahia (11.085), Rio Grande do Sul (10.983), Amazonas (6.549), Rondônia (3.401), Piauí (2.765) e Acre (841).
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