Mais de 2 mil inscritos no programa social no Rio de Janeiro recebem certificados de conclusão de curso de qualificação no RJ, aumentando a possibilidade de conseguirem emprego
Foto: Divulgaçao PR
Presidente Lula e ministro Lupi durante formatura de trabalhadores
alunos do programa Próximo Passo
Brasília, 02/09/2009 - Numa cerimônia realizada nesta terça-feira (1º), no Maracanãzinho (RJ), 2.043 beneficiários do Bolsa Família receberam seus diplomas do programa de qualificação profissional, chamado "Próximo Passo" e estão mais qualificados para concorrer no mercado de trabalho. Estiveram presentes na solenidade, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, os ministros do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, do Turismo, Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho, além do governador do Rio, Sérgio Cabral.
O ministro Carlos Lupi destacou a importância da qualificação profissional aliada ao esforço individual de cada trabalhador. "Esta é a oportunidade que vocês têm de conseguir um emprego melhor e alcançar melhor qualidade de vida. O Governo federal está fazendo a sua parte, dando oportunidade de crescimento, oferecendo um caminho a milhares de pessoas que antes não tinham nenhuma expectativa. Mas o sucesso deste programa depende, sobretudo, da garra de cada um, para frequentar o curso, ganhar experiência profissional e alcançar melhores empregos".
O presidente Lula citou a importância do trabalho para a dignidade de homens e mulheres e lembrou de sua origem humilde. "A profissão é a única forma de a mulher ter independência", acentuou. "Não tem nada mais sagrado do que receber o certificado de qualificação profissional. Essa gente acreditou no apelo que nós fizemos. As pessoas mais humildes deste País agora têm diploma e querem trabalhar."
Após entregar certificados de conclusão de cursos para um formando de cada município, o presidente acompanhou a assinatura de duas carteiras profissionais, uma de um trabalhador da construção civil e outra do setor de hotelaria. E fez um apelo para que empresários e prefeitos contratem trabalhadores formados no Próximo Passo para as obras do PAC.
A oradora da turma, Priscila dos Santos Gomes, contou que conheceu muitas donas de casa que, depois de anos sem trabalho, estavam dispostas a ter uma profissão. "Estamos aqui para comemorar mais um passo dado em direção ao crescimento." Após o discurso, alunos leram no palco o juramento dos formandos e foram acompanhados pela plateia, que, aos brados e de diploma erguido nas mãos, repetiu uma a uma as palavras solenes.
Numa solenidade em que surpreendeu o elevado número de mulheres se formando, uma palavra se fez ouvir mais alto que todas: autoestima. Para a maioria das que concluíram os cursos, o melhor é deixar o Bolsa Família e trabalhar. "Minha autoestima aumentou 100%", diziam várias delas.
Andréa Cristina dos Santos Santana, de 38 anos, foi uma das beneficiárias do programa que fez o curso de pedreira azulejista. Com quatro filhos de idades entre quatro e 17 anos e sem companheiro, ela recebia há três anos R$ 152,00 do Bolsa Família. Tendo como atividade o artesanato, sua única renda era dos bicos que fazia. Agora, vai mandar o currículo para o Sistema Nacional de Emprego (SINE) e aguardar uma oportunidade de trabalho. "Minha mãe tem um terreno na Baixada Fluminense e, agora que aprendi, pretendo construir uma casinha lá", comemorou Andréa. Desde que aprendeu o ofício, a artesã já ganhou R$ 50,00 ao trabalhar três dias como assistente de um colega que a chamou para uma obra.
Aos 43 anos e com uma filha de 15 anos, Ângela da Silva Mecenas recebe do Bolsa Família o benefício básico de R$ 60,00, mais R$ 20,00 pela filha. Até pouco tempo atrás, eram só os R$ 20,00. Como sua renda era muito baixa, a dona de casa conseguiu receber mais R$ 60,00 e cumpriu a promessa que fez à filha de lhe dar os R$ 20,00, que antes serviam para comprar comida, para a jovem gastar livremente. Ângela também fez o curso de pedreira azulejista com um pensamento: "A gente tem sempre o objetivo de trabalhar".
Após terminar o curso de eletricista, Maria Gorete, de 48 anos, já está trabalhando na instalação de ventiladores de teto. Sua família - composta por ela, o marido, que vive de bico, um filho de 17 anos e uma filha de 11 - recebia R$ 82,00 do Bolsa Família, mais R$ 30 do filho, beneficiário do Projovem Adolescente. Gorete cobra R$ 50,00 por serviço, não tem carteira assinada ainda, mas, como é a primeira vez que faz curso profissionalizante, está confiante numa oportunidade de trabalho.
Programa - Além dos alunos que concluíram os cursos - moradores de 10 cidades fluminenses (Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Japeri, Nova Iguaçu, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Tanguá, São Josão de Miriti e Queimados) - há mais 2.896 matriculados na região metropolitana. Até o final de 2009, a expectativa do Governo Federal é qualificar, em todo o País, 172.490 beneficiários do Bolsa Família. Deste total, 139.567 já estão inscritos e 26.212 já fazem os cursos voltadas para a área da construção civil e turismo.
O programa é realizado pelos ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), do Trabalho e Emprego (MTE) e do Turismo (MTur), sob coordenação da Casa Civil da Presidência de República, e em parceria com os governos estaduais e municipais, empresários e trabalhadores. O objetivo é capacitar e inserir os beneficiários do programa Bolsa Família em postos de trabalho gerados na construção civil e no turismo.
Assessoria de Imprensa do MTE
(61) 3317-6537 - acs@mte.gov.br