No Brasil, mais de 600 mil pessoas que convivem com algum tipo de problema no coração. Há 2.047 cardiologistas atuando no Brasil, com salário médio de R$ 3.752
Brasília, 14/08/2009 - De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), doenças cardiovasculares são a principal causa de morte prematura nos países industrializados. Estima-se que no Brasil existam mais de 600 mil pessoas que convivem com algum tipo de problema no coração. Para reduzir a preocupante estatística, a prevenção é a melhor saída. E hoje, no Dia do Cardiologista, importa dizer que a procura por um bom profissional é essencial.
A data escolhida, 14 de agosto, é recente. Foi institucionalizada em 2007 pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Mas a modalidade é bem antiga. No início do século XX, havia, na Medicina, somente quatro áreas básicas: Clínica, Obstetrícia, Cirurgia e Pediatria. Na década de 20, em virtude do seu desenvolvimento e complexidade crescente, a Cardiologia deixou de ser um dos estudos da Clínica Médica, passando a constituir especialidade autônoma e bem definida.
Em outros tempos, a literatura médica já havia registrado obras pioneiras sobre o tema no Brasil. A primeira foi "Moléstias do Coração e dos Grandes Vasos Arteriais", de Martins Costa e Carlos Alvarenga, publicada em 1898, seguida de "Noções Fundamentais de Cardiologia", de Osvaldo de Oliveira. Em 1909, Carlos Chagas e seus colaboradores diagnosticaram a "Cardiopatia Chagásica", um importante estudo científico sobre uma doença cardíaca no Brasil. A Sociedade Brasileira de Cardiologia foi fundada em 1943 por alunos do 3º Curso do Serviço de Cardiologia do Hospital Municipal de São Paulo.
Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) 2008, há 2.047 cardiologistas atuando no Brasil. A maioria está concentrada no estado do Rio de Janeiro, com 549 deles, seguido de São Paulo (377) e Pernambuco (263). A maior média salarial está no Acre, em torno de R$ 11.200. A média nacional é de R$ 3.752. O alto valor pode estar ligado à carência de profissionais no estado.
Prevenção - Apesar de mais comuns a partir dos 45 anos, as doenças cardiovasculares são resultado da combinação de fatores de risco, como tabagismo, colesterol alto, diabetes e pressão alta. A melhor forma de prevenir ou adiar ao máximo o surgimento dessas doenças é levar uma vida saudável. Os cuidados começam com a alimentação, que deve privilegiar vegetais, gordura vegetal, cereais e frutas. Sal em excesso também é perigoso, especialmente para quem tem pressão alta.
Praticar exercícios físicos regulares é o segundo passo para cuidar da saúde do coração. A atividade física beneficia o controle da pressão arterial, do colesterol e também da glicose, além de ajudar a emagrecer. Vinte a trinta minutos de exercícios físicos diários são suficientes para a saúde. As atividades mais indicadas nestes casos são as aeróbicas, como caminhadas, natação ou ciclismo. O cigarro é um grande vilão. Parar de fumar é primordial. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que a medição do colesterol no sangue seja feita periodicamente, a partir dos 20 anos. E a visita ao cardiologista também deve ser regular, uma vez ao ano, ao menos.
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