Comissão vai estudar aplicação de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para garantir a expansão do segmento
Foto: ISABELLA DE
Audiência
Ministro Carlos Lupi recebe representantes do setor
sucro-alcooleiro
Brasília, 12/09/2007 - O ministério do Trabalho e Emprego planeja criar no próximo mês um grupo de trabalho para estudar o investimento de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) em cursos de qualificação voltados para o setor sucroalcooleiro.
A proposta foi anunciada nesta quarta-feira (12) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, durante audiência com empresários do setor, em Brasília. A intenção é capacitar tecnicamente o trabalhador rural com programas governamentais, aproveitando a expansão do segmento para fortalecer a geração de empregos formais.
"A bioeletricidade fornece uma energia renovável, barata e o Brasil se projeta como líder mundial nesta área. Precisamos nos preparar, e a qualificação é fundamental", afirmou o ministro.
Segundo representantes do segmento, só a área de bioeletricidade pode gerar 47 mil novos postos de emprego nos próximo seis anos, desde que haja mão-de-obra qualificada.
De acordo com um estudo apresentado pelos empresários, o segmento sucroalcooleiro deve crescer cerca de 50% nos próximos seis anos. O mesmo trabalho aponta que, somente com o bagaço da cana-de-açúcar, o país pode gerar cerca de 1000 MW/ano em energia, com potencial para atingir a produção da Usina de Itaipu.
Participaram da reunião representantes do Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool do Estado de Goiás (Sifaeg), do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool (Sindaçúcar/AL), da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única) e do Fórum Sucro-alcooleiro, além de deputados federais.
Semestre - Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) mostram que o cultivo da cana-de-açúcar foi a atividade agropecuária que mais se destacou na geração de postos com carteira assinada neste primeiro semestre. O segmento fechou o período com um saldo de 117,2 mil vagas, mais da metade do total de 238 mil postos de trabalho formais que garantiram o desempenho recorde da agropecuária.
O recorde anterior havia sido alcançado em 2004, quando o segmento fechou os seis primeiros meses daquele ano com um saldo de 216 mil empregos formais.
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