Ações resultaram no resgate de 170 trabalhadores de situação análoga à escrava e no registro de 300
Curitiba, 26/12/2008 - Os dados mais recentes do Plano Nacional Para Erradicação do Trabalho Escravo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) evidenciam os resultados das operações fiscais realizadas desde janeiro de 2008 no Paraná. Durante o período, o Grupo Móvel de Erradicação do Trabalho Escravo e o Grupo Móvel de Erradicação do Trabalho Escravo na Região Sul, em parceria com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Paraná (SRTE/PR), realizaram oito operações especiais visando alcançar os principais focos do estado.
Desde janeiro, 300 trabalhadores foram registrados sob ação fiscal no Paraná. Além destes, 170 foram retirados das condições precárias de trabalho. Os fiscais das operações especiais estiveram presentes em 21 fazendas. Ao todo, 534 autos de infração foram lavrados contra os empregadores que apresentaram irregularidades. O total das indenizações chegou a pouco mais de R$ 439 mil.
Segundo a auditora fiscal do Trabalho da SRTE/PR e integrante do Grupo Móvel da Região Sul, Elizabeth Nunes de Carvalho, a pior situação foi no município de General Carneiro, quando dez trabalhadores que trabalhavam no cultivo de erva-mate foram encontrados em condições extremamente insalubres - não havia água potável ou comida, os trabalhadores não possuíam registro em carteira e estavam alojados sob uma estrutura precária feita com lona plástica. Foram fiscalizadas também empresas de serviços florestais - principalmente na área de corte de pinus, em Irati - e áreas de corte de cebola, nos municípios de Irati e Telêmaco Borba. Também foram encontrados casos de trabalho escravo nos municípios de Cerro Azul e União da Vitória, no interior do estado.
Cenário nacional - Dados do MTE divulgaram recentemente que, desde janeiro de 2008, 4.491 pessoas que trabalhavam em situação análoga à escrava foram libertadas a partir de operações de fiscalização. Um panorama da situação do trabalho escravo no país mostra que os focos são mais intensos nos estados de Goiás, Alagoas, Pará e Mato Grosso.
Assessoria de Imprensa SRTE/PR