Grupo estava alojado precariamente em um barraco de piso de chão bruto, com cobertura de palha e lona plástica e sem instalações sanitárias
Teresina, 02/12/2008 - Em operação realizada em uma fazenda no município piauiense de Antonio Almeida, localizado a 395 km de Teresina, a equipe de fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Piauí resgatou oito homens em condições degradantes de trabalho. Laborando na atividade de catação de tocos e raízes, sem nenhum Equipamento de Proteção Individual (EPI) e sem registro em Carteira de Trabalho, os trabalhadores estavam submetidos a condições precárias de saúde e segurança.
Segundo o auditor fiscal Robson Waldeck Silva, coordenador da ação, os trabalhadores estavam alojados precariamente em um barraco de piso de chão bruto, com cobertura de palha e lona plástica e sem instalações sanitárias. "Os trabalhadores não usufruíam de nenhum conforto ou proteção, pois dormiam no barraco em redes armadas junto com tambores de combustíveis utilizados nas máquinas", afirmou Waldeck.
A água servida aos trabalhadores rurais ficava armazenada em um tambor metálico de onde era retirada diretamente para o uso, inclusive para o consumo.Os trabalhadores reclamaram para os fiscais que a água era transportada até os barracos em uma pipa velha, e por isso sentiam gosto de ferrugem ao beberem, e que a água também era muito quente.
A empresa além de não submeter os trabalhadores a exame médico admissional antes do início das atividades, não mantinha recursos mínimos para o atendimento em caso de urgência. "O que tornava o risco de acidentes ainda maior, pois empregador não fornecia aos trabalhadores o EPI", relatou o coordenador da ação.
Diante da situação a que eram submetidas os trabalhadores, o Grupo Especial de Fiscalização Móvel da SRTE/PI notificou a empresa, e os trabalhadores receberam as verbas rescisórias devidas, que somaram R$ 27 mil.
Assessoria de Imprensa SRTE/PI