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SRTE/PE participa de Plano para enfrentamento ao Tráfico de Pessoas

Objetivo foi discutir a elaboração, aprovação e validação para a implantação do Plano no estado

Recife, 06/11/2008 - A gestora de Políticas Sociais do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Pernambuco (SRTE/PE), Vera Jatobá, participou nesta quarta-feira (05) de encontro para discutir o Plano Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, organizado pela Secretaria de Defesa Social (SDS) do estado.  O objetivo foi discutir a elaboração, aprovação e validação para a implantação do Plano em Pernambuco. O encontro reuniu representantes das secretarias do governo do estado e de Organizações não Governamentais no Hotel Jangadeiro, em Boa Viagem (PE). 

Vera participou da primeira mesa de debate, sobre o tráfico de pessoas para fins de exploração sexual e a dimensão de gênero. Ela dividiu a discussão com a secretária Especial da Mulher, Cristina Buarque e Marta Almeida, do Movimento Negro Unificado.   

Segundo a gestora de políticas sociais, o tráfico de pessoas para a prática do trabalho escravo se utiliza da mão-de-obra vulnerável.  "É um conceito que ainda provoca muita discussão. Pensamos no trabalho escravo feito pelos negros, mas temos também o trabalho escravo contemporâneo com outras características", salientou. 

Durante sua apresentação explicou como classificar uma relação de trabalho escravo, lembrando a história do Grupo Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e da fiscalização rural da SRTE/PE, da qual fez parte em muitas ações. "Um conjunto de condições revela uma situação de escravidão, como: cerceamento da liberdade, local ermo, aprisionamento pela dívida, alojamento com vigilância armada, entre outros. Para nós basta um trabalhador ser libertado do regime de escravidão para justificar as ações do poder público, por mais arriscada e dispendiosa que sejam para o Estado", concluiu. 

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o trabalho escravo cerceia a liberdade e todas as suas formas são clandestinas. No Brasil, o tráfico envolve principalmente mulheres adolescentes, entre 15 e 25 anos, vendidas por traficantes para o turismo sexual. Elas saem prin­cipalmente das cidades litorâneas (Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, Recife e Fortaleza) e de outros estados como Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Pará. Os destinos principais são a Europa (destaque para a Itália, Espanha e Portugal) e a América Latina (Paraguai, Suriname, Venezuela e República Dominicana).

 

Assessoria de Imprensa da SRTE/PE






 



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